Não
teve qualquer lucidez aquela conversa de um hipotético
ministro na visita que fez à devastada Albufeira, uma cidade vítima da sua própria insensatez
na escolha do lugar onde se instalou e não daqueles dias em que Deus decide ser
bom ou mau para nós!
Não
é assim que as coisas devem ser olhadas ou entendidas porque não é assim que as coisas
acontecem.
A
Natureza é o que é e gera fenómenos que são uma intensa demonstração do seu poder
que contrasta com a pequenez de quem crê poder dominá-la e é, por isso, a prova
do poder ridículo dos que não passam de ser uma insignificante parte dela.
Não
tem o Homem como dominar a Natureza que julga pertence-lhe, quando esta, seja
lá pelo que for, por equilíbrios que tenta manter ou para contrariar desequilíbrios
que lhe sejam causados, tem momentos de forte agitação que ultrapassam aquelas
medidas que ainda somos capazes de, mais ou menos, controlar.
O
que sucedeu em Albufeira não pode ser comparado a qualquer maldição como a que em
Sodoma e Gomorra aconteceu.
Aconteceu
muitas vezes no passado, voltou a acontecer agora e acontecerá mais vezes no
futuro que houver, sabendo-se lá os danos que irá causar.
É
um mal que está feito há muito tempo e que melhor seria procurar minimizar no
futuro em vez de carpir lágrimas por uma desgraça que, se nada for feito para a
tentar controlar, voltará para ser pior ainda!
Felizmente,
alguma coisa poderá ser feita ao invés de Nápoles que continua a crescer
indiferente ao perigo mortal que será um novo acordar do Vesúvio…
Por
que se não faz?
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