Da monstruosidade da penalização
dos reformados pelo Orçamento de Estado 2013, pode ter-se uma ideia pelo que
diz Vitor Bento: “exige dos reformados – e só deles! – o pagamento de uma ‘contribuição
extraordinária de solidariedade’, que (...) pode ir até aos 50%, para além do
corte de 90% de um subsídio e dos impostos a que as pensões já estão sujeitas –
nomeadamente o IRS, progressivo”.
Francamente, nunca pensei que
alguém fosse capaz de aprovar tal barbaridade. Além de cortes e de aumento de
impostos, ainda se faz esta perversão aberrante de obrigar os que necessitam da
solidariedade dos mais novos, a serem financeiramente “solidários” para com eles!
Mas, mais do que isso, o Estado retira
aos que lhe entregaram dinheiro ao longo de uma vida de trabalho, uma grande
fatia da “reforma” que, em troca, se comprometeu a garantir-lhes.
Só resta esperar que o Tribunal
Constitucional obrigue a repor a justiça de equidade que o Governo não
respeitou.
Ao Vitor, eu conto uma história
que minha avó me contou um dia: quando o pai perguntou ao filho porque escondera,
detrás da porta, um dos dois lençóis que lhe mandou levar ao avô que estava no
asilo, este respondeu que o guardara para lho levar a ele quando estivesse no
asilo também!
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