ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

DESCULPA ÁLVARO!

Estive atento à entrevista que o ministro da economia Álvaro Santos Pereira concedeu a José Gomes Ferreira ontem ao fim da noite.
Desde há uns tempos que o “Álvaro” me impressiona de um modo completamente diferente do que me impressionou no início do seu mandato, quando o julguei desenraizado e pouco actuante, talvez um peso morto num governo que, para cumprir a sua missão, teria de ser particularmente activo.
Não foi o meu julgamento o único que levou a considerá-lo um ministro descartável, daqueles que sairia na primeira remodelação.
Enganei-me porque o homem sabe o que diz e, pelo que tem feito e procurado fazer, sabe o que faz.
Como ele muito bem disse ontem, a sua intervenção não é de curto prazo porque essa é a função do ministro da finanças. E não posso dar-lhe mais razão porque este é um entendimento que tem andado distante em muitos governos passados em que as perspectivas de futuro eram feitas num conceito de “gestão de despensa” sem outra visão que não fosse resolver os problemas que fossem aparecendo.
Nota-se, agora, que Álvaro Santos Pereira é um homem sabedor e, depois de inteirado de uma situação de grande complexidade, está a apontar na direcção certa para que Portugal venha a ser um país economicamente equilibrado e, sobretudo, para que possa crescer depois de estabilizada esta situação de falência em que caiu. Se ainda formos a tempo.
Portugal tem recursos inaproveitados, tem capacidades humanas que não perdem em qualquer confronto com as dos países mais evoluídos e é com eles que pode ser um país onde viver seja agradável e sem muitos dos problemas que, mais cedo ou mais tarde, vão apoquentar a Humanidade.
Santos Pereira entendeu que Portugal é um todo e não apenas esta faixa litoral onde tudo se desejou concentrar desprezando a maior parte do território, assim como entendeu que não pode viver sem trabalhar, sem produzir.
A “reindustrialização” do país, ideia para a qual arrastou já alguns países europeus é a prova do entendimento de que o regresso ao trabalho produtivo é a única saída para todos nós!
Não pode é ser permissivo a respeito do ambiente já tão mal tratado.

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