Estou a acabar de viver o que
deve ser o meu último feriado do 1º de Dezembro, uma data que, desde muito cedo
na minha vida, me habituaram a comemorar com muita alegria.
Um dia que ficou gravado na
História de Portugal como aquele em “valentes guerreiros tornaram livre a nação”,
deixa de ser comemorado com honras de feriado, como se a independência não
fosse, agora, mais do que um conceito ultrapassado ou fosse, até, um incómodo.
Lembro-me dos tempos em que este
dia começava com manifestações ruidosas de satisfação e de orgulho patriótico que
enaltecia o amor à Pátria, um valor imperecível que condena a traição de que,
eternamente, se tornou símbolo o defenestrado Miguel de Vasconcelos.
Ao longo do tempo foi bem notório
como este valor perdeu força e o feriado se foi tornando um dia sem a alma de
quando se cantava “baqueou a tirania, nobre povo és vencedor!”.
Deste espírito de independência e
de orgulho nacional já pouco ou nada resta nestes tempos de submissão a outros
valores que deixam no lixo os que os nossos maiores nos legaram.
Apesar deste desgosto que me
aperta o coração, apetece-me perguntar se faria algum sentido manter um feriado
que muito poucos já comemoravam e do qual a maioria dos portugueses nem,
sequer, conhece a razão de ser.
Sinal destes tempos em que o
cinismo de uma falsa União perdeu a máscara, deixando a descoberto o rosto repugnante do egoísmo que finge ajudar-nos castigando-nos!
VIVA PORTUGAL!
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