ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PERGUNTAS SIMPLES



Se com a redução dos juros e o alargamento dos prazos, à semelhança do que a UE fez com a Grécia, Portugal pouco lucraria como diz Gaspar que, em vez disso, diz que ganharemos muito mais com o regresso aos mercados, com os juros por eles praticados, apetece-me perguntar se não são especulativos os juros que os nossos “amigos” nos cobram pela “ajuda” que nos dão. Apetece responder que sim, o que, por isso, me leva a crer que está sem ser feita uma negociação para melhoria de condições de que, urgentemente, temos necessidade!
Não é possível admitir que sacrificar os portugueses tenha de ser moeda de troca do auxílio numa situação em que não foram os únicos a ter a culpa. Mas é, sem dúvida, isso que a Alemanha e a França desejam quando aconselham Portugal a não exigir os seus direitos de igualdade de tratamento, para não ser assemelhado à Grécia e, desse modo, perder a confiança dos mercados.
Depois de tanto sofrer e das provas de maturidade já dadas, necessitará o povo português de dar mais provas para que nele seja depositada confiança? Não! O que os Eurogrupo não quer é cumprir as suas obrigações porque, afinal, a dor e o castigo fazem parte das condições de resgate que os amigos europeus nos impõem. Bons amigos estes, sem dúvida.
Também é oportuna uma pergunta que resulta dos agrupamentos de Freguesias que o Governo resolveu fazer sem o estudo aprofundado que uma reforma de organização administrativa exige e Portugal necessita.
Afirma o Governo que tal é feito por questões de racionalidade e não pela poupança de meios porque os não produz. Mas diz, também, que o faz no cumprimento do que foi acordado com a Troika!
E a pergunta é: se não se trata de uma questão de corte de despesa, por que razão a Troika o impõe?
Melhor perguntando, talvez, por que razão o Governo português o aceitou?
Perguntas simples a que o Governo deveria dar resposta.

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