ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A LEI DA CONTINUIDADE



Dá-me pena ver que alguns quando não fazem do insulto o seu único argumento, apresentam razões estereotipadas que copiam dos chavões que lhes impingem como os que retratam o momento que se vive.
O do “retrocesso civilizacional” é dos mais usados, a par dos roubos e dos assaltos como os milagreiros classificam as contribuições inevitáveis para pagamento dos serviços que o Estado fornece aos seus cidadãos.
Ainda não percebi se tais convertidos ao milagre da multiplicação dos pães estão convencidos que os meios financeiros do Estado que pagam todos os serviços que lhe exigem caem da Lua, de Marte ou dos confins do espaço e não provêm das contribuições que eles próprios também fizerem através de impostos, taxas, descontos, etc.
Por isso, cada sociedade terá o Serviço Social, de Segurança, de Saúde e outros que pagar e mais nenhum, porque ninguém o pagará por si.
Esperar os milagres que alguns se propõem fazer é estar disposto a ser resgatado uma vez mais dentro de não muito tempo porque as contas são boas de fazer numa continuidade que nos diz que “o que fica é igual ao que entra menos o que sai”.
Se sair mais do que entra, depois de consumidas as reservas que houver, sobrevém a falência.
E assim nas famílias, nos municípios e nos estados porque esta é uma lei universal para a qual o endividamento não é alternativa.
Foi assim que aconteceu por três vezes com o “socialismo” de Mário Soares, de Guterres e de Sócrates e assim será com o de Costa impulsionado pela esquerda radical que, nas suas políticas patrióticas, parece querer regressar ao isolacionismo que outrora combateu!
As dívidas que se contraiam parecem furar esta regra, mas não por mais tempo do que aquele em que seja possível pagar os empréstimos recebidos e os encargos financeiros a que dão lugar.
Foi assim que Portugal foi até ao limiar da bancarrota e será assim que para lá pode voltar.
Faz-me dó ver que pessoas por quem já tive a maior consideração alinham nas ideias obsoletas de uma abastança que não existe, em vez de se regerem pela prudência que a experiência lhes deveria sugerir como a única forma de minimizar as insuficiências de que o presente já sofre e que o futuro próximo maiores fará.
Será retrocesso civilizacional evitá-lo?
O maior mal do mundo é a passividade que uns, a maioria, aceita o oportunismo da minoria que os explora na sua inocência ou na sua estupidez.

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