A
não ser nas redes sociais e mais uns poucos “comentadeiros” em programas televisivos
ou crónicas de jornais, não encontro mais ninguém a tecer loas à estratégia que
António Costa montou para, custe o que custar, ser primeiro-ministro e levar,
de novo, o PS ao poder.
E,
também já todos notaram, não é um acordo com a coligação PaF que ele procura e da qual o PS se encontra politicamente mais próximo, mas de
cujos encontros sempre disse não terem qualquer conteúdo
sobre o qual valha a pena ponderar, decerto porque por esta via não atingiria os seus propósitos, enquanto vê, nos que faz com a “esquerda” não
democrática (como implicitamente lhe chama ao considerar o PS como o socialismo
democrático), numerosas razões e pontos de consenso dos quais pode resultar um
acordo forte que sustente um governo que forme e do qual seja PRIMEIRO-MINISTRO e que, supostamente, acabe com a austeridade.
Costa sabe que não conseguirá faze-lo, tal como os seus interlocutores nas negociações que não desejam o programa de Costa mas os seus.Como é natural.
Costa sabe que não conseguirá faze-lo, tal como os seus interlocutores nas negociações que não desejam o programa de Costa mas os seus.Como é natural.
Mas nessa
“guerra santa” em que se elegeu califa e resolveu desencadear, Costa tem alguns "aliados" de peso. Internos e
externos.
Catarina
Martins, a líder do BE é bem clara na sua afirmação de NÃO PODER O PS ACABAR COM A AUSTERIDADE SEM ROMPER COM AS NORMAS DA UNIÃO EUROPEIA, o que, sem dúvida
é a razão maior pela qual Costa pode garantir a Bruxelas que, escrupulosamente,
as respeitará.
O
líder parlamentar do BE afirma que AS NEGOCIAÇÕES que tão bem correm, NÃO INCLUEM UM ACORDO DE LEGISLATURA, o que, saiba-se lá por que, fez perder a compostura à
pacata Catarina Martins para afirmar que, pelo Bloco, fala só ela, como é próprio da democracia!
Jerónimo
de Sousa afirma que Costa só não assumirá o poder se não quiser. Obviamente!
Mas, para além deste apoio declarado, não diz o que irá fazer, depois, ao “primeiro-ministro”
e ao PS.
Outro
aliado, este quase um alienígena, se juntou à festa, Varoufakis que alguém contratou para ir perorar a Coimbra e de quase “rei da
Grécia” depois da primeira grande vitória do Syrisa em que o “não pagamos” dos
que sempre acabam por pagar era o mais sonante mote, se tornou no proscrito que
agora anda a pregar por terras alheias para arranjar “apóstolos” para a causa
que na sua terra não vingou.
Há sempre, algures, tontos que podemos convencer das convicções que nos interessam.
Há sempre, algures, tontos que podemos convencer das convicções que nos interessam.
Finalmente,
os “sondadores” que, desta vez andaram muito próximos dos resultados eleitorais
que aconteceram, começaram a adiantar serviço para outras eleições que, todos
acreditam, se não farão esperar muito tempo e concluem, já, por uma maioria absoluta
do PaF quando tiverem lugar, numa tendência da qual existe a consciência de que
irá crescendo.
Parece
que ninguém quer saber das eleições presidenciais que se aproximam, apesar de poder
estar nelas estar a solução para a crise governativa grave que, sem dúvida,
vamos viver, porque Cavaco Silva pouco poderá fazer.
E
o Costa… PIM!
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