Ainda
que tudo pareça encaminhado no sentido de vir a ser reprovado o Programa de
governo que Passos Coelho irá apresentar, começa a parecer-me viável a hipótese
de o não ser, pois não vi apresentar e desenvolver, para além das famigeradas
contas de somar alhos com bugalhos, outras razões que mostrem ser a “união de esquerda”
a solução que o futuro de Portugal merece depois dos sacrifícios que lhe
permitiram sair do buraco em que sufocava.
Nem
vejo como o Presidente da república poderia ter tomado outra decisão que não a
de pedir a Passos Coelho para formar governo, já que se tem tornado mais do que
evidente não terem passado os acordos invocados pelos “revoltosos” de
uma táctica de deita abaixo, para depois ver o que acontece.
Não
vão os tempos a favor de veleidades de fazer de conta que baterá certo o que
não pode bater, porque há coisas que não ligam, ideais que não se fundem,
projectos que não condizem, pessoas cujos projectos pessoais perturbam a
caminhada de todo um país que deseja lavar a cara das porcarias que fez.
Mas
o que mais triste me deixa é a prova definitiva de não sermos nós, aqueles que,
diz a Constituição, detêm o verdadeiro poder, os que o podem aplicar porque
lho retiram totalmente em actos eleitorais que, depois, interpretam como melhor
convém.
Ficámos
prisioneiros da esperteza bacoca dos caçadores de poleiros para quem a nossa
vontade não conta e, pior do que isso, nos desinformam ao ponto de nos
confundirem com as mentiras que dizem porque ser político ainda continua a ser
a arte de fazer parecer que é aquilo que mais convém que fosse.
Em nada diferem de Salazer que dizia que "em política, o que parece é"! Tiveram bom mestre, portanto.
Por isso os seus discursos não passam de poluição conspurcante que se impõe sanear, porque já não vem distante o dia em que a realidade acabará por se impor.
Seja lá como for porque, como é costume que seja, se não vai a bem...
Pois, mas não sou revolucionário. A ideia é bem outra.
Em nada diferem de Salazer que dizia que "em política, o que parece é"! Tiveram bom mestre, portanto.
Por isso os seus discursos não passam de poluição conspurcante que se impõe sanear, porque já não vem distante o dia em que a realidade acabará por se impor.
Seja lá como for porque, como é costume que seja, se não vai a bem...
Pois, mas não sou revolucionário. A ideia é bem outra.
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