Não
poderia esperar outra atitude de Passos Coelho que não chefiará um governo de
gestão se o seu programa for rejeitado na Assembleia da República.
Se
não decidisse deste modo cometeria dois erros grosseiros como o são governar em
regime de gestão, porque não é governar, e ser ele próprio a desfazer o que
fizera à custa dos sacrifícios enormes a que todos tivemos de nos sujeitar para
recuperar, perante uma Europa e um mundo que nos olhava sem confiança e quase
com desprezo, pelo que três governos socialistas já haviam feito, levar
Portugal às portas da bancarrota.
Nada
poderá fazer de melhor Passos Coelho do que retirar-se se o seu programa não
for aprovado, deixando a outros o bico-de-obra que lhes garantirá vida curta.
Aliás,
Costa já foi inventando que lhe disseram coisas que, afinal, ninguém lhe disse,
para adiantar aquele acto crónico de informar, depois de empossado, que as
coisas não estavam como pensava e por isso não poderá cumprir as promessas que
fizera.
Faz-me
lembrar uma anedota antiga de uma moça que, feliz, contava à amiga que o seu Zé
lhe tinha telefonado para ir ter com ele para fazerem um pouco de amor
platónico.
Que
amor é esse, perguntou-lhe a amiga.
Eu
também não sei, mas tomei banho!
A
desilusão será grande mas lá diz o povo que a experiência vivida faz sábio,
atrás de mim virá quem bom de mim fará!
E o banho virá depois...
E o banho virá depois...
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