Já
me referi ao PAN, ao que li no seu site de apresentação e até louvei as ideias
que ali encontrei e que, finalmente, poderiam fazer algum eco na política que,
levianamente, despreza a realidade do mundo que habitamos para apenas se
preocupar com as fantasias que vivemos.
Quando,
na sua declaração de princípios leio que o PAN deseja “contribuir para a transformação do mundo de acordo com os fundamentais
valores éticos e ambientais, tornados ainda mais imperativos no século XXI,
quando o desenvolvimento tecnológico da humanidade permite um impacto sem
precedentes na biosfera planetária que compromete as gerações futuras e a
sobrevivência das várias espécies, incluindo a humana, conforme é
cientificamente reconhecido” e, mais adiante, continua “Por este motivo, e embora não se limite a
essa questão, o PAN considera ser central e urgente, por motivos éticos e para
o bem da própria humanidade, uma mutação profunda da sua relação com a
natureza, o meio ambiente e os animais, privilegiando-se a harmonia ecológica,
o desenvolvimento sustentado e a diminuição progressiva da exploração…” acreditei
ter encontrado alguém que se dispusesse a transpor para a área da insensível
política um debate profundo de ideias que contribuíssem para o tal “novo
paradigma” que pode salvar a Humanidade dos problemas trágicos que a espreitam.
Mas
quando, depois, vejo tão sérios e oportunos propósitos reduzidos a exigências
tais como acabar com os canis de abate, acabar com as touradas e coisas
francamente menores no ideário tão sabiamente expresso como sendo o seu, eu
apenas posso concluir que até nas coisas sérias conseguimos ser bacocos e idiotas!
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