Entre
as regras do bom viver, uma há que se distingue pela sua antiguidade: “em Roma,
sê romano” pois, de outro modo, serás ostracizado, banido.
E
penso que se adapta bem à situação que vivemos, na qual parece que alguém
deseja estar de bem com Deus e com o diabo, em consequência do acordo que se
prepara para uma união de esquerda, com BE e PCP a lutarem no Parlamento
Europeu contra o tratado orçamental da UE, ao mesmo tempo que, na Assembleia da
República Portuguesa, se propõem esquecer esse “pormenor”, aprovando um
orçamento em conformidade com ele.
Será
assim tão fácil vender a alma ao diabo? Não é, com certeza, e, por isso, não
consigo compreender como tal seja possível sem intenções de fazer reviver, a
curto prazo, o que é a sua razão de ser, a menos que seja sua intenção
desaparecer. E não me parece que sejam estes os desígnios de BE e do PCP.
Enfim,
questões menores para quem não é o futuro dos seus concidadãos a preocupação
maior, porque a maior é, só pode ser, a “revolução parlamentar” em curso, numa
luta em que não creio que, desta vez, seja David o vencedor.
Há,
do outro lado, um Golias enorme e atento que não deseja acrescentar aos seus já
inúmeros problemas, mais um que pode ser bem maior e com piores consequência do
que aquele que a Grécia lhe causa.
Jamais
serão BE ou PCP, sejam as consequências quais forem, quem sairá mais mal tratado
de um confronto impossível de vencer.
Por isso creio ser o PS quem deve por as barbas de molho no rearranjo partidário que sairá da confusão que se está a criar entre um ideal europeísta, por maior que seja a crise em que o projecto se encontre, o isolacionismo que é o sonho dos que vêem na Coreia do Norte o modelo de sociedade em que se sentem felizes e os que adoram viver (talvez para a dominar) entre a pobreza generalizada que a grande confusão vai gerar.
Por isso creio ser o PS quem deve por as barbas de molho no rearranjo partidário que sairá da confusão que se está a criar entre um ideal europeísta, por maior que seja a crise em que o projecto se encontre, o isolacionismo que é o sonho dos que vêem na Coreia do Norte o modelo de sociedade em que se sentem felizes e os que adoram viver (talvez para a dominar) entre a pobreza generalizada que a grande confusão vai gerar.
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