ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

VAI A MONTANHA CAÇAR O RATO OU PARI-LO, COMO É SEU HÁBITO?



Tenho acompanhado o caso Sócrates como, por certo, a maioria dos portugueses pois ele não é uma pessoa qualquer por ter sido primeiro-ministro deste país. É natural, portanto, a estranheza que causa uma providência cautelar que impede um grupo de meios de comunicação de publicar notícias sobre aquela figura que, a cada dia que passa, mais polémica se torna.
Aliás, as suspeitas sobre Sócrates são quase constantes em muitos dos grandes processos jurídicos deste país nos últimos anos, desde um empreendimento comercial em Coruche que deixou no ar muitas dúvidas, passando por outros vários até chegar à Operação Marquês, ao longo do qual esteve detido durante vários meses.
Melhor ou pior e a menos os preconceitos a que simpatias políticas ou outras possam dar lugar, não haverá quem, apesar da presunção de inocência a que todos têm direito até serem julgados, não tenha algum juízo formado sobre este controverso personagem da política nacional.
E não creio que sejam muito lisonjeiros tais juízos, tão evidentes parecem ser os factos que servem de base às suspeitas que sobre Sócrates recaem, tão estranho parece ser o faustoso custo da vida que, durante muitos anos, levou sem que se lhe conheçam rendimentos que os suportem, bem como demasiadamente generosos os empréstimos não contabilizados de um amigo e tantas outras coisas pelas quais um vulgar cidadão já teria sido, porventura, condenado.
Mas como também parece ser habitual deste país, pelas artimanhas jurídicas, às quais mais parecem interessar as regras que anulam provas do que a justiça que elas permitiriam fazer, não ficarei admirado se, no final, a montanha parir o rato em vez de o apanhar!


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