Como
é natural, continua a haver quem olhe as coisas apenas do modo que lhe convém
ou como as suas limitações lhe consentem e não com a largueza de vistas com
que, em verdade, as coisas devem ser olhadas se a intenção é esclarece-las.
Nas
vistas curtas que lhes não permitem ir para além de si mesmos nem ultrapassar as
idiossincrasias que os controlam, uns continuam a discussão de quem ganhou as
eleições, reduzindo as alternativas às confusas e cada vez mais fora de moda “esquerda”
e “direita” como se nada no mundo tivesse mudado nos últimos duzentos anos!
E
fazem contas e mais contas, das tais de que a prova dos nove bate sempre certo porque
se não apercebe de que somam o que não é possível somar ou até têm parcelas que, na realidade, não existem.
Outros
analisam os cenários de governação em que chega a caber a aberração que seria o
PS derrotado a governar com o apoio de quem foi mais votado se, porventura se
não aliar à extrema esquerda, como se governar um país, cuidar da vida de todo
um povo não passasse de um jogo de poker cujo êxito depende das cartas que façam
a “mão” dos jogadores mais sortudos ou do sucesso do “bluff” daqueles a quem as melhores cartas não calharam.
A
democracia anda louca e já nem é capaz de se entender com os problemas que cria
a si mesma em vez de, como dela se dizia, ser a solução para todos os problemas
com que nos pudéssemos deparar.
Faz-me
lembrar o “livro vermelho de Mao” ou o “livro verde de Khomeini” nos quais se
previam soluções para todos os problemas e procedimentos para todas as
situações. Soluções assim a modos que aquelas que se escutam dos “videntes” a quem
bolas de vidro ou uns rectângulos de cartão, numa linguagem universalmente balofa,
dizem tudo o que se quiser entender.
Mas
também há quem comece a compreender que a realidade não é a que se pensava que fosse e que há coisas que mudaram, ciclos que já
estão para além do fim e apenas continuam porque não se deram ainda conta de
que acabaram!
Suspeitam
que seja por isto ou por aquilo, andam mais longe ou mais perto da verdade que
ainda não se dispuseram, de todo, a analisar com o cuidado que merece e com a
urgência prestes a tornar-se desespero.
E
vai ser esta a causa da turbulência em que vamos viver por tempo ainda
indeterminado, com consequências danosas que só um zeloso bom senso poderia
mitigar.
Mas por onde anda ele?
Mas por onde anda ele?
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