Da
autoria de Clara Ferreira Alves, com todo o respeito transcrevo aqui um pedaço
de uma excelente crónica que publicou no Expresso, porque a considero apropriada às propostas de reflexão que, desde há anos, aqui faço.
Parece-me
importante reflectir sobre esta questão que pode por em causa o
futuro de um partido que, durante muito tempo, foi um dos pilares da democracia
em Portugal mas que, por não ter sabido adaptar-se às mudanças do mundo e como
a História o regista, falhou os seus propósitos socialistas que não soube
prosseguir à luz da realidade, preferindo a utopia.
Aliás, que razão de ser terá um partido que se descaracteriza em atitudes confusas de eventuais acordos com partidos revolucionários em tempos de democracia, os quais mostram bem como os seus objectivos foram pervertidos por ânsias de poder, perdendo a perspectiva nacional que, em princípio, o fez nascer.
Aliás, que razão de ser terá um partido que se descaracteriza em atitudes confusas de eventuais acordos com partidos revolucionários em tempos de democracia, os quais mostram bem como os seus objectivos foram pervertidos por ânsias de poder, perdendo a perspectiva nacional que, em princípio, o fez nascer.
“Todos temos na vida um momento Prudêncio. O
momento Prudêncio chega quando um desclassificado diz que não só é melhor do
que nós como quer classificar-se no nosso lugar. Isto significa que estamos
arrumados. Ou quase. O PS e António Costa estão no seu momento Prudêncio. Um
desconhecido no qual nunca reparei, na minha profunda ignorância dos
interstícios e bainhas da política nacional, candidata-se à chefia do PS no
congresso. Rui Prudêncio quer associar o nome aos altos destinos da pátria e
está no seu direito. Há também outro candidato que, mais modestamente, diz que
se não houver ninguém melhor ele concorre. Gosto da fórmula “se não houver
ninguém melhor”. Eis o momento Prudêncio em toda a sua Beleza. O PS está
moribundo e os abutres pousam no telhado. Se houvesse comédia em Portugal este
seria um momento sublime. Só nos pende para a tragédia.”
É,
francamente, preocupante o que se passa e que não deixa prever um próximo
futuro brilhante para este país que corre o risco de perder tempo que não tem
para se curar da gravíssima crise que viveu e da qual ainda está a recuperar.
Pode
ser uma recaída dolorosa o que nos espera e, então, teremos de repensar tudo e,
naturalmente, pagar os custos de mais disparates que fizermos.
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