ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

OS MILAGREIROS



Dá-me pena ver que alguns, talvez demais até, que quando não fazem do insulto o seu único argumento, apresentam razões estereotipadas que copiam dos chavões que lhe soam aos ouvidos como os ideais no momento que se vive.
O chavão é uma ferramenta de propaganda, não da informação dos cidadãos que os confrontos políticos, sobretudo em campanhas eleitorais, deveriam ser.
O “retrocesso civilizacional” é dos chavões mais usados, a par dos roubos e dos assaltos como os milagreiros classificam as contribuições inevitáveis para pagamento dos serviços que o Estado fornece aos seus cidadãos e para pagar as dívidas que foram instigados a fazer por políticos e banqueiros sem escrúpulos ou os interesses de poder político e pessoal realizaram em gastos dispensáveis, em obras inúteis.
Uma ideia de riqueza a que se tem direito a troco de nada é a promessa dos milagreiros que assaltam o poder.
Ainda não percebi se tais convertidos ao milagre da multiplicação dos pães estão convencidos de que os meios financeiros do Estado provêm da Lua, de Marte ou de qualquer outro lugar do Espaço e não das contribuições que fizerem através de impostos, taxas, descontos, etc.
Por isso, cada sociedade terá os serviços Social, de Saúde, de Segurança, de Educação e outros que pagar e nada mais.
Como não entendi, também, se pensam que são avanços civilizacionais os que agridem a Saúde e o Ambiente e, a cada dia, tornam a Terra um meio menos propício à vida humana, como resulta  das alterações climáticas, da degradação do Ambiente, da poluição irreversível dos continentes e dos mares e tantos outros problemas que resultam do ultra-consumismo inútil de que a economia necessita para se manter, mas para o qual o nosso mundo tem cada vez menos meios para sustentar.
Eu não acredito em milagreiros.

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