ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 10 de outubro de 2015

AFINAL, NO QUE VOTOU QUEM VOTOU PS?



Se olharmos para os programas do PS, do PCP e do BE, facilmente notaremos as diferenças nucleares que neles existem, especialmente entre os “socialistas” e os mais à esquerda, em questões que são, afinal, aquelas que os distinguem, que constituem as suas especificidades sem as quais não faria sentido que existissem.
Perante os esforços do PS para encontrar, à sua “esquerda”, pontos programáticos que possam justificar um acordo estável apesar das divergências essenciais que são mais do que evidentes, é oportuna a atitude de pensar se as divergências se desvaneceram e da parte de quem, pois apenas deste modo será possível saber qual o programa que, de facto, norteará a governação que, porventura, vierem a fazer.
E, deste jeito, será que os votantes no PS se não sentirão defraudados na escolha que julgariam ter feito se uma aliança de “esquerda”, como se diz, vier a acontecer?
É esta a primeira questão que põe em causa a “maioria de esquerda” que alguns contabilizam como se fosse uma verdade.
Para além disso, é caso para reflectir sobre que “esquerda”, afinal, é o PS que admite poder estabelecer consensos entre programas completamente divergentes no modo de resolver os problemas que afectam o país.
Se esta insistência numa coligação de “esquerda” tivesse sido bem explicitada na campanha eleitoral, seria a mesma a votação no partido socialista?

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