ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

OS CAÇADORES DE POLEIROS. COSTA RECUSA UNIÃO QUE NOS DÊ FORÇA PARA VENCER!

Por diversas vezes me insurgi já contra a “alternância democrática”, aquela que levada à letra, como acontece entre nós, significa “agora é a minha vez”, a qual se poderá ter adaptado bem às brincadeiras levianas do passado mas que jamais poderá ser o modo de resolver os grandes e sérios problemas de futuro que estão cada vez mais próximos.
O mundo deixou de ser como nos parecia que fosse, aquela arca inesgotável de onde tudo saía sem ser necessário enche-la de novo.
O conhecimento científico que agora percebe melhor a realidade torna evidente o erro que cometemos ao pensar assim, como os gurus da Wall Street e da City tanto gostam de fazer, o que, apesar disso, não é bastante para nos fazer olhar o mundo real em que vivemos e cada vez é menos a utopia que imaginámos.
São sérios, muito sérios, os problemas que enfrentamos e difíceis, muito difíceis, as soluções que, para os resolver, possamos adoptar. O que, naturalmente, nunca faremos com a persistência nos disparates que foram a sua causa.
Criámos regras e regulamentos para situações que já não existem, arquitectámos ideologias para realidades que se transformaram profundamente e até temos uma Constituição com mais de quarenta anos ao longo dos quais as mudanças no entendimento do mundo foram tantas como jamais o haviam sido em todo o sempre!
E, mesmo assim, é por ela que nos “governamos”.
Os resultados destas eleições puseram a nu todas as fragilidades de uma democracia anquilosada porque se não adaptou aos tempos que se vivem, porque se ficou por tempos em que as questões eram outras e nunca tão grandes e complexas como as que agora se nos colocam e não são mais do que consequência das leviandades que a a “infalível” democracia tem cometido.
Tenho ouvido, agora mais do que nunca, os disparates ditos pelos que, apesar de derrotados, sempre encontravam uma razão qualquer para serem vencedores também.
Desta vez, porém, vai-se mais longe porque não se reclamam pequenas vitórias mas, imagine-se, a derrota rotunda do que venceu!
Mais uma originalidade nacional que poderíamos exportar com o mesmo sucesso dos pasteis de nata!
Pela primeira vez a maioria dos que votam em função do seu entendimento e não das fidelidades preconceituosas que os partidos conseguem arregimentar e mesmo, até, dos confundidos pelas mentiras feitas verdades pelos habilidosos caçadores de poleiros, conseguiu a vitória inesperada de quem menos prometeu porque não tinha condições para prometer mais. Foi uma questão de bom senso.
A coligação PaF foi, por isso, um vencedor sério e indiscutível que os derrotados agora querem impedir de governar, fazendo crer que o ninho de vespas que a dita esquerda é de facto, tem um projecto comum de salvação nacional.
Penso que será desta vez que o PS passa à História como o partido traidor de um povo que necessita de um entendimento sério e forte se quiser vencer as dificuldades que enfrenta e, ainda mais, outras que vai enfrentar, porque o recusa!


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