Lembrando tantos milhões que o futebol
movimenta, pagando por um homem aquilo que os seus méritos humanos não valem, quando
uma notícia me diz que tristeza de Ronaldo são os 2,4 milhões de euros que as
novas regras do fisco em Espanha lhe vão retirar, porque acima de rendimentos
superiores a 600.000 euros por ano a taxa de IRS passa de 23 para 43%, fico com
vontade de não ver mais futebol.
Será que as diversas mansões e
tudo o mais que conseguiu ainda tão jovem lhe não bastam, mesmo se quiser todas
as mulheres fúteis que há no mundo e se degladiam estupidamente no face book ou
para se sentir um privilegiado em relação a 99,9% dos mortais deste mundo,
muitos dos quais morrem de fome?
Não é que eu esperasse que o
Ronaldo tivesse discernimento bastante para entender a distância entre o seu
valor e a de um cientista qualquer como, por exemplo, o português que, há muito
pouco tempo descobriu como melhorar a eficiência da quimioterapia e pode, com
isso, salvar muitas vidas e poupar muito sofrimento e não ganha em 5 anos o que
Ronaldo ganha num mês, quanto mais com um Einstein de quem nunca alguém ouviu
falar de fortuna!
Depois disto imaginem o que penso
dos que endeusam esses craques da bola e até são capazes de privações para lhe
permitir que recebam os muitos milhões que recebem.
Carreiras de curta duração? Serão
para alguns para os quais os Ronaldos deste mundo se estão nas tintas. Mas para
eles, os muito pagos, é mais do que o rendimento das vidas inteiras da imensa maioria, acumulado em
poucos anos. Assim com que “pago à cabeça”!
Valerá a pena sermos preocupados
se ser fútil dá melhores resultados?
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