ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

ESTUPIDEZ, OPORTUNISMO, SACANICE E CONFUSÃO!



A actuação majestática do governo no anúncio das mais recentes medidas de austeridade, pôs o país num reboliço cujas consequências são, ainda, difíceis de prever.
Um crispamento cínico entre os dois partidos da Coligação é, por demais, evidente, com o CDS a querer tirar partido de um desde sempre planeado afastamento das medidas impopulares que, inevitavelmente, teriam de ser tomadas. E, neste caso particularmente grave porque ninguém esperaria que se fosse pelos caminhos tomados, Portas adoptou aquela atitude que em português deu origem a uma palavra nova, o “nim”, o povo saiu, maciçamente, à rua, os analistas dizem as coisas de sempre e há quem faça petições para deitar abaixo o governo!
A menos uns quantos desordeiros de uma “escola de música” bem conhecida que tentaram, sem qualquer êxito, provocar a polícia e transformar uma manifestação pacífica num motim, tudo decorreu em boa ordem, sem as loucuras que tantas vezes temos visto em outros lados. Mesmo assim, os mercados reagiram mal perante a leitura de factos que podem indiciar uma crise política.
Os prejuízos financeiros já aí estão da parte dos mercados, faltando saber se um possível agravamento desta crise não prejudicará o envio da “tranche” que, em princípio, os resultados da quinta apreciação da Troika justificaria.
Penso que do Conselho de Estado que o Presidente da República convocou, com a presença do Ministro da Finanças, poderão sair algumas ideias que orientarão Cavaco Silva numa tomada de atitude a que se não poderá furtar.
É certo que, na opinião da maioria, o governo errou em decisões que tomou, eventualmente pressionado por uma Troika imperativa, mas que sempre tira o pé do tapete antes de o puxar. Francamente, é uma atitude difícil de entender, esta de, pressurosamente, declarar que as medidas não são da sua responsabilidade quando sente que a contestação aumenta.
Parece-me demasiadamente estúpido o que se está a passar ou o que se passou em todos os actos deste drama descabeçado cujo final ainda não foi escrito mas que, na melhor das hipóteses, não terá um final feliz!
A menos que os homens capazes e sensatos deste país se decidam a defender Portugal.

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