Fazer uma sondagem neste momento
de contestação aberta e de contendas de resultado duvidoso é o mesmo que pedir
a alguém que tome uma decisão com a “cabeça quente” o que, como bem se sabe,
não é coisa que se recomende. Mesmo assim, talvez a sondagem seja oportuna por
diversas razões, a primeira das quais será a que mostra aos eternos maldizentes
que não vale a pena tanto esforço numa “conversa” que não pega.
A segunda mostra ao PS que não
foi esquecida a sua política descuidada e oportunista que quase nos deixou na
miséria.
Uma terceira é uma chamada de
atenção a um governo que pensa ser a austeridade uma situação que se suporta
por “dever de ofício”.
As quedas do PSD e do CDS são,
naturalmente, as que nestas circunstâncias se esperariam. Os resultados
penalizaram, obviamente, os partidos do governo demasiadamente empertigados na
sua majestática atitude de não dar mais razões do que “tem de ser senão…”. Mas
que o PS não tire outro benefício do que, por queda do PSD, ficar à frente nas
intenções de voto, é um resultado francamente preocupante para os socialistas.
Esta é mais óbvia conclusão que os resultados da sondagem mostram.
As coisas não estão fáceis para
todos. Não estão fáceis para os que suportam a austeridade da qual, olhando o
que sucede, apenas se espera que se torne ainda maior. Não são fáceis para o
governo que crê poder fazer sozinho o que apenas todos juntos conseguiremos,
para o que precisamos de ser esclarecidos. São difíceis para o PS, apesar do
enorme esforço de lavagem cerebral em que está empenhado, não alcança os
resultados que esperaria. Não são fáceis para o CDS que não vê resultar a sua
táctica de “tirar a pata da poça” em que a meteu. Não são fáceis, também, para o
PSD que não pode consentir o golpe de rins com que o quiseram passar para trás
sem lançar o país no caos em que uma crise política o lançaria. Finalmente, não
estão fáceis para o país que pode ver comprometidos tantos esforços que já fez
e tantos sofrimentos que já suportou, em consequência das tácticas políticas
que, sem excepção, todos adoptam para tirar dividendos da vulnerabilidade em
que nos encontramos.
Seguro que compreendeu bem o que
o povo também lhe transmitiu, tanto nas manifestações de iniciativa popular
como nos resultados desta sondagem, desvaloriza os números que, em princípio, o
deveriam ter favorecido porque é isso que, em regra, sucede quando o “inimigo”
é penalizado.
Passos e Portas, compreenderam a fatalidade das suas situações e apenas podem arranjar uma explicação, coxa que seja, para as rixas em que se envolveram.
O Presidente da República não vai em modas e escuda-se no Conselho de Estado, como é natural que faça, para controlar uma situação que, se descarrilar, pode ser fatal.
Passos e Portas, compreenderam a fatalidade das suas situações e apenas podem arranjar uma explicação, coxa que seja, para as rixas em que se envolveram.
O Presidente da República não vai em modas e escuda-se no Conselho de Estado, como é natural que faça, para controlar uma situação que, se descarrilar, pode ser fatal.
Por isso, uma conclusão
definitiva se pode tirar dos resultados desta sondagem divulgada: o povo
castiga quem o faz sofrer, mas não esquece de quem é a culpa!
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