A declaração que se atribui a um
membro da Troika sobre a não responsabilidade nas políticas de ajustamento
adoptadas pelo governo e, por isso, na mais do que provável falha nas previsões
feitas para os resultados das medidas de austeridade a que o sobre-endividamento
obrigou, é a atitude própria dos não são capazes de assumir responsabilidades
que também lhes pertencem.
Se não é co-responsável nas
medidas de austeridade adoptadas e nos resultados das que foram por si impostas como
condição para a ajuda financeira que lhe foi pedida, o que será que a Troika
vem aqui fazer regularmente? Anotar os resultados de experiências em situações que
os economistas deixaram de dominar, como se fôssemos cobaias que sacrificam ao
esclarecimento de uma crise para a qual não têm explicação?
É evidente a intromissão da
Troika na governação dos países que se propõe ajudar, mesmo que seja sob a
forma de propostas que as condições de dependência criadas não permitem
recusar. Veja-se a mais recente que propõe à já mais do que exausta Grécia que
a semana de trabalho passe de cinco para seis dias! Esta, depois de muitas que,
aos poucos, reduzem a independência dos “ajudados” pelo seu cínico altruísmo.
Parece evidente que mais um
resultado negativo daí resultará numa sociedade onde a falta de empregos é já
mais do que aflitiva.
Meu Deus, quanto tempo ainda teremos
de esperar ou quantos sacrifícios mais teremos de fazer até que os economistas
entendam a situação que vivemos e acertem no caminho a seguir?
Será que não fazem falta outros
saberes no esclarecimento desta situação em que os economistas se embrulharam?
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