No final da grande manifestação de ontem, um epílogo algo
caricato por nada ter de comum com a forma pacífica como tudo tinha decorrido, fez-me
lembrar de como somos um povo pacífico mas que gosta de touradas.
Uns centos de manifestantes acabaram no largo em frente do
edifício da Assembleia da República onde, como é hábito, uma barreira de grades
metálicas definia a área reservada na qual, por lei, não se permitem
manifestações.
Tudo parecia continuar ordeiro como a própria manifestação o
fora, até que um grupo mais exaltado, quem sabe se inspirado por outro espírito
que não o que levou tanta gente a concentrar-se, derruba as barreiras e
pretende invadir terrenos proibidos.
O Corpo de Polícia que guardava o local respeitou a espírito
da manifestação enfrentando os desordeiros com toda a tranquilidade, apesar dos
desaforos de que era alvo.
Aconteceram diversas arremetidas de um número reduzido de “jovens”
que desrespeitavam a ordem e atiravam contra os polícias pedras que retiravam
da calçada, garrafas e tomates. Eram agressões grosseiramente violentas.
Aconteciam quando se julgavam incitados pela pequena
multidão que, nesses momentos, se afastava e ficava a olhar a “festa brava” que
a tranquilidade da Polícia continha…
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