Multiplicam-se as manifestações de má educação inconveniente, nas ruas, nas galerias da Assembleia da República, em reuniões, seja onde for que um membro do Governo apareça. São, por vezes, manifestações de extrema violência verbal, imprópria de democratas que, por definição, não resolvem as suas divergências deste modo.
Desta vez, o Secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, viu-se obrigado a abandonar a conferência "A região metropolitana, a mobilidade e a logística" que se ia iniciar em Lisboa, após ter sido impedido de falar por um grupo de cerca de vinte manifestantes da FECTRANS que gritavam.
Uma
democracia em que estas coisas acontecem como sendo democráticas,
não passa de uma bagunça que só pode levar a uma bagunçada ainda
maior.
Já
se não discute, já não interessam razões, já se não atende à
realidade e todos os que sofrem as consequências da governação
descabeçada de alguém que, em vez de exilado, até tem o direito de
vir lançar mais achas numa fogueira que tão violentamente arde, se
julgam no direito de insultar seja quem for.
Desordeiros,
em manifestações organizadas sejam-no lá por quem for, não dão
boa conta de si nem contribuem para qualquer solução porque não
resistem aos incitamentos de tantos que por aí andam a sugerir uma
solução violenta que nos lance, definitivamente, no maior caos da
nossa História.
Afinal
a democracia é o que? O direito de ser mal educado, o direito de não
ser razoável, o direito de criar distúrbios para atingir um fim
qualquer ou o direito à expressão da livre opinião em discussões
sérias que conduzam à solução que a todos mais convenha?
Parece-me
que a democracia assim se transforma na ditadura de quem de mais
bagunça for capaz!
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