ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

DESEMPREGADOS, POBRES E VELHOS!

Nestes tempos conturbados, de futuro tão incerto, bem procuro, no que diga este ou faça aquele, algum sinal que me aponte um caminho, uma ideia de que, finalmente, alguém viu uma luz no fundo de qualquer coisa e que, por fraca que seja, possa iluminar esta escuridão de pensamento que só me faz lembrar a da Idade Média.
Procuro um Renascimento e não o encontro.
Apenas as costumeiras tricas e nicas de este faz assim porque o outro se verá obrigado a fazer assado, de que pode acontecer assim ou de outro modo se alguém se lembrar de...
É de menos toda esta “inteligência” que nos governa ou nos pretende governar e, bem espremida, não deita nada porque, como a realidade o mostra perfeitamente, não há nela uma centelha de luz, porque nela todos os raciocínios são velhos, gastos e, por isso, não podem conduzir a qualquer outro fim senão aos disparates do passado.
Queremos uma evolução tecnológica que permita reduzir a intervenção humana em tudo o que se faz, montamos sistemas capazes de fazer e de controlar o que, antes, precisaria de dezenas ou de centenas de pessoas para ser feito, temos formas de comunicar que dispensam que nos cansemos a viajar, a não ser por prazer. Enfim, tanta coisa nos aliviou das canseiras que, outrora a vida exigia de nós que, cada vez menos, precisamos de alguém que faça qualquer coisa!
Se para trabalhar as pessoas vão sendo cada vez menos precisas e se nem para pensar elas servem, também... como haverão as coisas de melhorar?
Haverá cada vez mais desemprego e, com ele, mais pobreza cujo alívio, como sabemos, nunca foi uma preocupação de qualquer governo, aqui ou em qualquer ponto do mundo, porque a pobreza não faz parte da economia que é, exclusivamente, o que preocupa estes políticos que nem de economia entendem!
Assim, se como diz um ministro japonês, os velhos devem morrer depressa, os pobres devem morrer depressa também, porque tanto uns como outros prejudicam a economia.
Deve ser este o futuro dos desempregados que, depressa, serão pobres e dos velhos que, maldita ironia, tantos novos agora ajudam!

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