Já por toda a Europa ecoa
este grito de liberdade perante uma Troika que as circunstâncias por demais já
mostraram ser estúpida e inutilmente agressiva!
Não há como classificar de
outro modo quem, ao fim de tanto tempo das condições duras que impõe e pelas
consequências que têm, ainda não percebeu que vai por um caminho errado. Ou
antes… será que vai?
Não serão as
circunstâncias que a levam por ali, pelo caminho que não há como deixar de
seguir?
Eu penso que sim, porque a
minha leitura das circunstâncias e uma simples constatação física me levam a
concluir não caber num mundo limitado aquilo que, para sobreviver, não pode ter
limites.
Será, por isso, a
austeridade que a uns agride na carne e a outros que são muito menos faz temer
a perda do muito que acumularam, a consequência inevitável do desajustamento entre as ambições e o espaço que temos para as
alcançar?
Não, de todo, porque
haverá, por certo, um novo modo de viver sem as desigualdades que este provoca
e, sobretudo, sem as carências a que, também, tantos condena.
Não vale a pena continuar
a esconder a verdade que é a necessidade de ajustar o modo de viver às
condições que a Natureza nos proporciona e encontrar em outros valores o prazer
que, agora, apenas o dinheiro parece ser capaz de dar.
Quando deixará de ser a abertura
das “bolsas” o evento mais importante no começo de cada dia e o seu sobe e
desce a nossa preocupação maior?
Antes de haver “bolsas” já
o Sol se levantava no horizonte a cada manhã, sem outro rumo que não fosse
atingir o zénite e, depois, baixar até se esconder de novo, não antes de nos
deixar a energia indispensável á vida, de nos ter dado a luz que nos consente
disfrutar a beleza de uma Natureza única de que somos parte, para, depois, nos
permitir o sossego que um indispensável repouso reclama.
A não ser o retomar da
velocidade própria da vida, bem menor do que esta a que nos movemos e nos fará
despistar na curva apertada em que nos encontramos, e da alternância entre
viver e sonhar, sem o qual não haverá equilíbrio, em vez da permanente
vigilância dos “mercados”, nenhuma outra solução me parece existir para
reencontrar o que, por este caminho de irreais ambições, jamais alcançaremos.
Por isso QUE SE LIXE A
TROIKA!
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