Todos
nós tivemos os nossos ídolos de juventude, pessoas que
distinguíamos por uma ou outra razão. Uma mulher bonita, uma mulher
interessante, um homem de sucesso, alguém com características
físicas ou morais que também gostaríamos de ter em nós ou junto a
nós. Sei lá, tanta coisa nos pode levar a fazer de alguém uma
referência de beleza ou de virtudes.
O
cinema tinha a magia de nos mostrar essas pessoas que críamos
fantásticas, sem par em outras quaisquer. Mas eram apenas sonhos
porque jamais nos passaria pela cabeça um dia os encontrar frente a
frente.
Por
isso eram mais do que ídolos, eram sonhos de perfeição que nos
perseguiam.
Hoje
vi a notícia da morte de um desses ídolos da minha juventude,
Esther Willyams, a mulher linda, esbelta e nadadora perfeita que me
levava a ver todos os filmes em que entrasse para passar uns momentos
a admirar aquela figura delicada, a olhar aquele corpo esbelto, a escutar aquela voz melodiosa, a
ver como se deslocava na água como uma sereia!
Não
seria uma grande actriz, mas era uma pessoa diferente,
encantadoramente diferente.
Já
tanto tempo passou depois daqueles anos em que, por certo, milhões
de rapazinhos como eu, em todo o mundo fizeram dela a sua namoradinha
secreta.
Estou
certo de que hoje, todos eles, os que desta notícia tenham
conhecimento, estarão a sentir algo parecido com o que eu sinto mas
que não sei descrever. Não sei se é mágoa, se saudade, se outro
sentimento qualquer. Mas é, por certo, uma chamada de atenção da
vida que tem a sua ordem e nos diz que, por ela, um dia também nós
poderemos deixar saudades em alguém que, mesmo sem o sabermos, nos
quis bem de um modo muito especial.
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