Achei graça à notícia de
que, em altura de Jornadas parlamentares, Seguro foi ver encher chouriços numa fábrica recuperada depois de um grande
incêndio para mostrar que há empresas que passaram por dificuldades que ultrapassaram
“fruto da capacidade dos empresários”..
Diz a notícia que “a empresa
sofreu um grande incêndio que reduziu a escombros boa parte da cadeia de
produção. No mesmo dia, a maior parte dos 650 trabalhadores começou a limpar o
espaço, e uma semana depois a fábrica retomava a produção, ainda que com
condições precárias.” E foi esta fábrica que me inspirou para a minha reflexão
de hoje.
Depois da tragédia há que
limpar e, nisso, diz a notícia, se empenharam todos os trabalhadores. Mais diz
que uma semana depois, a fábrica retomou a produção, ainda que em condições deficitárias,
uma situação a partir da qual tudo, com o esforço de todos, foi melhorando!
Um país não é, obviamente,
uma fábrica de chouriços que se possa recuperar para recomeçar a sua vida,
ainda que deficientemente, após uma semana de limpezas. Nem a recuperação total
se fará em alguns poucos meses ou anos.
Mas, passe a escala, a
experiência serve para mostrar que as coisas que são de todos se limpam e
recuperam com a participação de todos e que, deste modo, com a vontade e com a
força de todos, a recuperação é possível com danos e custos muito menores do
que seriam os de construir uma fábrica nova, sem aproveitar a que se arruinou,
substituindo os funcionários.
Isto faz-me lembrar
Portugal cuja reconstrução deveria ser obra de todos e jamais sofrer os danos
insuportáveis destes confrontos que Seguro começou com a sua recusa em
participar na reconstrução do país, preferindo fazer tábua rasa do passado, porque tem a pretensão de vir a ser ele a recuperá-lo.
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