As soluções chegam em
revoadas. Agora diz-se que a solução é esta para depois se dizer que afinal…
A política de austeridade
fez a sua marcha, reconheceu-se a sua bondade na estabilização de uma situação
financeira totalmente desequilibrada, mas os seus efeitos negativos, óbvios se a par dela
mais nada fosse feito, levam agora os “sábios” a dizer que foi uma política
errada.
Alguém, depois da situação
em que caímos, saiu à rua a gritar “temos de trabalhar mais” para sair desta
crise? Não! Saíram à rua todos os que quiseram dizer que não era a austeridade
que queriam mas sim, que queriam de volta o que com ela perderam. Saíram à rua
os que sentiram ter perdido os efeitos que “conquistas” democráticas lhes
alcançaram, manifestaram-se os que perderam o emprego que tinham por garantido
e agora não conseguem recuperar.
Enfim, todos sabemos o que
tem acontecido e que tem feito as coisas irem de mal a pior, a ponto de ficarem uma
trapalhada que cada vez é mais difícil de compreender.
Aparece agora um académico,
Reitor da Universidade de Lisboa, a dizer que “desemprego jovem é a morte a
prazo da sociedade”!!! Uma frase bombástica dita por alguém com um título sonante, de nada mais precisa para ser destacada entre o que seja quem for disser.
Mas os académicos não costumam
dizer coisas assim. São mais profundos nas suas análises para poderem chegar às
raízes das questões, a única forma científica que conheço de chegar á
verdade possível.
Um verdadeiro académico
não começaria por colocar o desemprego jovem como causa de qualquer coisa. Falaria das causas do desemprego jovem e do fenómeno social do qual provém, esse, sim, causa de problemas graves para o futuro, por isso o mal que se deve combater.
Mas se um académico deseja
ser político, é natural que pense como os políticos que nunca são capazes de
pensar como os verdadeiros académicos.
É o oito ou o oitenta! E
lá está mais um que, pelo que diz, não parece trazer nada de novo, está a ser
promovido pelos meios de comunicação social para ter um lugar proeminente na política
nacional! Será mais um.
Que miséria!
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