Eu compreendo
perfeitamente as manifestações que hoje se realizaram contra o “espírito Troika”
em diversos países da Europa e apenas poderei lamentar que tenham ganho força
tarde demais. São manifestações genuínas, legítimas, inevitáveis. Só é pena certos
sindicalistas tentem delas aproveitar-se como, por exemplo, aquele Arménio que
hoje se mostrou bem num protesto a que não pertencia, tirando à manifestação a
pureza que, sem ele, ela teria!
Nestes protestos as
pessoas dizem o que não desejam, o que já não suportam e não lhes compete
apresentar soluções. É contestação pura que tem por objectivo chamar a atenção de
quem governa para os males que afectam quem protesta.
Pior é quando, como quem
quer apanhar a boleia, os políticos se põem a falar e, por exemplo, como Seguro
falam de propostas apoiadas em contas de somar e de subtrair que não fazem
qualquer sentido, nem numa economia de despensa.
E eu que, como qualquer
outro cidadão médio, me queixo e sinto as consequências de tanto disparate que
tem sido feito, de tanta estupidez dos que ainda não entenderam que as coisas
mudaram e que as velhas receitas já se não aplicam, fico a pensar no que seria
de todos nós se Seguro, algum dia, governasse Portugal!
É preciso muito mais para
se ser um estadista, ser capaz de raciocínios mais elaborados quando se é
candidato a governar um país.
Aquelas contas do tira
daqui para por ali, são do mais patético que já vi, do mais vago que se possa
pensar, do mais perigoso se possa fazer e do mais trágico que possa acontecer!
Mas quem me garante que
não será isto que acabaremos por ter?
Se cada um tem o que
merece…
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