Pouco
mais será necessário para demonstrar a absoluta incapacidade para
resolver esta montanha de problemas a que já se chama “crise
europeia”, agora que que as divergências internas da Troika se
tornaram públicas e cada vez mais profundas.
Só
que ainda as não entendi muito bem, como é costume acontecer
naquelas discussões em que toda a gente acusa toda a gente sem se
conseguir descortinar uma razão mais forte que possa ser a
verdadeira razão.
O
FMI acusa a UE, a Alemanha põe as culpas em Durão Barroso e na
Comissão Europeia, o Eurogrupo diz que sempre chamou a atenção do
FMI para o excesso de austeridade, o contrário diz o FMI também e,
para além de outras mais birras que por aí se manifestam, Cavaco
Silva foi dizer à UE que deve ser ela a resolver, no seu seio, os
problemas que tenha, sem FMI e sem mais nada.
Não
consigo recordar de modo muito preciso o que por aí se vem dizendo
há tanto tempo, mas parece-me que todos já disseram o que dizem e o
seu contrário também, mudando de ideias cada vez que muda o vento.
Não
há forma mais perfeita de mostrar como ninguém sabe o que anda a
fazer! E não sabe, porque nem sequer entende do que esteja a tratar.
Pelo menos não o demonstram.
Já
foram utilizados todos os remédios conhecidos e até já recorreram
a mezinhas e a receitas da avozinha envelhecidas no fudo da gaveta. E
nada resulta! A Europa vai agravando os seus problemas e até os que
julgavam tirar proveito dos problemas dos outros, começam a ter os
seus problemas também.
Depois
de tudo isto, parece-me que Cavaco Silva tem razão. Se um mercado e
um espaço com as dimensões da União Europeia não consegue
resolver, dentro de si próprio, os problemas que tem, muito mal as
coisas caminham. E caminham mal porque se chama União ao que o não é
nem, alguma vez, o foi.
Começa
a ficar exposta a teia de interesses que, ao longo de muitos anos, se
disfarçou em “ajudas” envenenadas que, agora, mostram o mal que
fizeram neste Velho Continente, do qual a harmonia hunca foi um
brasão!
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