ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

DEVEREMOS,SIMPLESMENTE, DIZER À MODA DE VASCO SANTANA “PALERMA, INSULTOS HÁ MUITOS…”?



Tornaram-se moda os insultos em Portugal. Parece que o respeito que tão bem nos distinguia de outros povos passou à História como uma lenda.
Hoje é a frontalidade a mais apreciada característica dos que queiram dizer o que lhes vá na alma, porque isso é genuíno, democrático!
Vai daí e porque os bons exemplos vêm de cima, da Assembleia da República quero eu dizer, os insultos passaram a ser o que define a frontalidade que, em meu juízo, se tornou, deste modo, numa maneira rasca de ser frontal.
A ligeireza com que se chama mentiroso a um governante, palhaço a um Presidente da República, filho de puta, gatuno ou ladrão a um qualquer membro do governo que se saiba vai ali ou acolá onde uma manifestação devidamente organizada logo o espera, é a marca mais recente da democracia em que vivemos.
Tenho pena de que seja assim, de que seja deste modo reles que uma certa classe de democratas se faz notar, mesmo alguns que, estou certo disso, tiveram uma educação em que outro modo de proceder lhe ensinaram.
São estes, sinais de tempos de pouca cabeça, de muitos interesses obscuros e de muita crispação, do que, naturalmente, nada de bom acabará por resultar. E, pelo caminho que as coisas levam, não demorará muito tempo.
O Saber e o bom senso são ponderados, respeitadores e comedidos, pelo que grande admiração não poderei ter por estes que fazem do insulto o seu modo de mostrar a razão que tenham ou julguem ter.

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