Algumas vezes já foi
levantada a questão de que o “pack4”, o último que Sócrates apresentou depois
de outros três com os quais procurou, sem conseguir, reverter a situação de
ruptura financeira que criara, poderia ter resolvido o problema em vez da
intervenção da Troika. Agora diz-se que a austeridade que este “pack4”
provocaria seria maior do que a que vivemos…
Não sei se é assim ou não
é e nem me interessa porque austeridade é austeridade e tem os mesmos efeitos
seja a de Sócrates ou a da Troika!
Depois, que melhor
austeridade seria essa se o dinheiro de que necessitaríamos e que viria dos
mercados era mais caro do que aquele que a Troika disponibiliza, com juros mais
do que duplos? Não daria lugar a uma espiral recessiva ainda maior?
O mal é mesmo esta
discussão que não leva a lado nenhum, não resolve qualquer problema porque não
deixa tempo para a reflexão que a procura de soluções exige.
Depois, as consequências
das políticas interventivas da Troika já dão que falar, levantam discórdias e
até podem levar o FMI a admitir terem sido cometidos erros grosseiros nas
avaliações feitas quanto às consequências da austeridade imposta à Grécia. E se
assim é, porque não dizer o mesmo quanto a Portugal e à Irlanda, para não falar
da prepotência inqualificável no caso de Chipre?
E como fica o caso da
Espanha onde não houve resgate nem deixou de haver?
Começa a ser a altura de
cada um descartar as suas culpas num erro óbvio que não poderia ter outros
efeitos senão o desta discórdia que ninguém ainda sabe aonde irá chegar.
Será a culpa do FMI, da UE,
da Alemanha ou de quem? Ou será de todos que não resistiram ao apelo do que a “riqueza”
pode dar, se com pouco trabalho melhor?
Este folhetim ainda vai
ter outros desenvolvimentos, mas sempre com os mesmos desfechos que nos levarão
de mal a pior se o não substituirmos por uma história diferente mais de acordo
com a realidade que ainda não conseguiram vislumbrar.
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