Até que enfim, alguém
começa a compreender o problema que é ter políticos que não compreendem o que a
política deve ser nem o que, com ela, se deve alcançar. Nestas condições, a
solução do problema só poderá começar pelo afastamento dos que tal não
compreendem.
Num acto que só pode ser
reconhecido como de profunda humildade, tal como qualquer outro “mea culpa”, nas
Jornadas Parlamentares do PS, Zorrinho reconhece a necessidade de um novo ciclo
político com novos protagonistas porque, segundo ele que há muito já circula pelos meandros políticos cuja limpeza agora defende, o Governo está fora de
validade e bafiento!
Eu creio que, mesmo sem o
confessar, ao Governo associou a Oposição que, com ele, detém o poder que o
povo, por certo equivocado, depôs nas suas mãos incapazes.
Francamente, acho bem que
Zorrinho reconheça a má qualidade da geração de políticos que tresanda a incompetência,
a podridão, políticos de má qualidade como os efeitos dos seus actos o
demonstram, acostumados aos maus hábitos de uma democracia que nunca conseguiu
ir além de uma alternância de períodos de prepotência em que, à vez, uns e
outros se vão regalando.
Eu gostaria que o
palavreado enviesado de Zorrinho significasse o que entendo que deveria
significar. Mas não significa. Infelizmente! Porque o que ele quer dizer é que
este Governo bafiento deverá ser substituído por um governo do PS, assim como o
anterior governo do PS de bafiento se finou e nos deixou como herança as dores
que levam Zorrinho a querer tirar partido do descontentamento de quem as sofre,
dizendo, com o ar mais seráfico de que é capaz, aquilo que diz. E bater-lhe-ão
muitas palmas, com certeza!
Mesmo assim, acho a sua
proposta oportuna. Apenas não acho que a sua alternativa seja a certa que
seria, como ele diz, UM NOVO CICLO POLÍTICO COM NOVOS POLÍTICOS.
Está nas nossas mãos, em
futuras eleições, mostrar ser isso que desejamos.
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