Tomam protagonismo, na ordem do dia, as conclusões a que uma certa análise feita por uns gurus da economia conduziram, às quais outros já apontaram erros e das quais, agora, o FMI ou o Eurogrupo (a confusão nem me permite entender qual) também se queixam. Está em causa a “austeridade”, uma situação que afecta a grande maioria da Humanidade mas à qual o “mundo desenvolvido” parece não ser capaz de se habituar.
Afinal, parece que aquela “fórmula
excel” (assim a tenho ouvido chamar na comunicação social) é a causa dos
tormentos de que padecemos, desta austeridade que, afinal não era necessária ou
seria mas de um modo mais comedido. Enfim, uma baralhada na qual é difícil
meter o bico.
Do pouco que consegui
entender, os tais gurus terão construído um “modelo financeiro” com base em
informações colhidas numa “amostra” de uns poucos países que outros julgaram
insuficiente. Em consequência, foi alargada a “amostra” em que terão entrado
mais dois ou três países, mas que a deixa, mesmo assim, sem condições para ser
a base de um modelo. Um modelo exige uma amostra maior para que seja significativa e, para além dela, que
nele interfiram todos os parâmetros que afectam o fenómeno que pretende reproduzir, o que me parece não
acontecer, também.
Esse “modelo” matemático
terá sido introduzido numa folha de cálculo do tipo “excel” que qualquer
computador trabalha com facilidade e rapidez, tal como o faz com qualquer outra
fórmula pelo que, deste modo, todas as fórmulas se tornam “excel”!
O problema não está no “excel”
mas no modelo que nele é introduzido porque, como há muito sabemos, o computador
não passa daquela máquina muito rápida mas estúpida à qual alguém, um dia e
muito sabiamente, chamou “shit in, shit out”!
Se, definitivamente,
perdermos o hábito de pensar, não será apenas o computador a fazer isto.
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