ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A REVOLTA PALACIANA


Diz ser em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social que Soares convocou, para esta manhã e na Aula Magna da Universidade de Lisboa, um encontro para o qual convidou diversas personalidades que gostaria de ver ligadas e esta ideia de demitir o Governo e o Presidente da República, aos quais chamou “o bando”.
Esta iniciativa tem todos os ingredientes de uma revolta palaciana que Soares vem preparando desde há bastante tempo, aproveitando mais a indignação dos políticos sem “tacho” do que os sentimentos do povo que, aos poucos, se vai dando conta da inevitabilidade de pagar pelos excessos que foram cometidos e de regressar a uma vida de trabalho que lhes garanta a subsistência, até que, pelo esforço de todos, se vá conseguindo mais.
Ouvi a entrevista prévia de Soares e teria ficado perplexo com as baboseiras que disse nestes tempos em que outras razões mais sérias se sobrepõem ao simples revolucionarismo que o caracterizou e parece o não larga jamais, se não soubesse quem é o homem desumano e egoísta que abandonou muitos e muitos milhares de portugueses à sua sorte pela descolonização que fez, muitos dos quais sofrem hoje tormentos que tantos “socialistas” retornados jamais sofreram. Se não soubesse que é o homem que entende dever o país pagar as multas dos seus excessos de velocidade, bem como continuar a pagar-lhe as mordomias que lhe paga e tirariam a fome a milhares de gente em sérias dificuldades!!!
Mário Soares não tem aquele espírito próprio dos portugueses que se unem perante as dificuldades, que renovam as forças quando parece que elas já não existem para acabar por vencer.
Antes, ele deseja prosseguir este rumo ao socialismo que nos levou ao buraco do qual tentamos sair.
Será a teimosia de um homem que não soube reconhecer as mudanças de um tempo que é tão diferente daquele do qual se lembra, ainda, nos seus momentos de lucidez, e não lhe permite saber que não haverá como continuar a fazer de velhas mezinhas remédio para males novos e bem mais castigadores se não soubermos lidar com eles.
Já não é o tempo da Alameda em que conseguiu congregar o apoio de tantos que, incluindo eu, fizeram uma enorme demonstração de não querermos ser mais um satélite da então União Soviética.
Hoje é diferente, a luta é por um futuro que pouco terá a ver com os imperialismos e os vícios esbanjadores do passado, que não é contra as prepotências de uma ideologia qualquer que arregimenta multidões ávidas das benesses que ela lhe possa oferecer e, por isso, despreza o povo de quem confiscaram o poder.
Portugal precisa, por certo, de homens à sua medida, à medida da grandeza que já teve, capazes de fazer o que é urgente que se faça. Verdadeiramente sem medo!Por isso,Portugal dispensa ressabiados inúteis que se estão nas tintas para o país e para os portugueses que insultam quando os incitam a uma revolta que coloque em suas mãos o poder que tanto desejam.
Proponham a cooperação que é negada, insistam no unir de forças que nos fará vencer, contribuam para a mudança que nos garantirá o futuro e deixem-se de brincadeiras!
O povo não pode deixar-se enganar!

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