Diversos “especialistas”
dão a sua opinião àcerca de variados temas, como a semana de 40 horas, os
cortes nas pensões e outros, verificando-se que as respostas são dadas em
função de anteriores decisões do Tribunal Constitucional e não da análise
directa da própria Constituição.
Aliás, já no passado, as
decisões do TC, não tão raramente assim, diferiram bastante de opiniões dos
que, habitualmente, opinam sobre estas questões.
As respostas são, pois,
imprecisas, não sendo, por isso, as respostas que se esperam quando as perguntas
são concretas!
Em conclusão, quanto a o
orçamento ser constitucional ou não, ficaremos na dúvida porque depende do que
o TC pensar de uma lei que aos próprios constitucionalistas sugere diferentes
respostas.
Quando, pela força das
circunstâncias, se governa nos limites da constitucionalidade, o resultado pode
não ser o que o bom senso aconselharia mas o que resulta da interpretação,
pelos vistos subjectiva, de uma lei que não previu tal situação.
A imprevisibilidade
agudiza-se à medida que a situação mais se afaste das condições que sugeriram a
lei, como vem sucessivamente acontecendo, tornando muito crítica, porventura
até impossível de gerir, a governação de um país transformado em protectorado
das entidades que lhe proporcionam os meios financeiros sem os quais não teria
sequer economia.
É muito séria a situação
que, contudo, a uns inspira afirmações patetas e a outros gargalhadas alvares.
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