ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CERTEZAS INCERTAS OU… RIR PARA NÃO CHORAR


Portugal terá saído, de novo, do Clube da Bancarrota! Assim o rezam as notícias que colocam o nosso país fora do conjunto daqueles com risco de incumprimento financeiro nos próximos cinco anos.
É um clube que Portugal conhece bem e do qual, a menos estas entradas por saídas, parece ser membro vitalício desde que Sócrates lá nos inscreveu. É isso, estou a falar daquele Sócrates que, coitado, não entende por que nos irritamos com ele que é o líder desejado pelas direitas, mas não é, e começou a campanha para afastar Seguro das suas esperanças de maiores voos.
Foi o “próspero” El Salvador, um daqueles países a que é hábito chamar das bananas, quem, desta vez, nos pôs de lá para fora. E até a Grécia se aproximou da porta da saída!
Mas Bruxelas duvida da fartura porque não acredita na sustentabilidade do crescimento do PIB português nem na baixa do desemprego continuada de que o nosso Governo faz alarde. Mesmo assim, quem sabe se por uma questão de cortesia, aceita registar, num relatório, que o PIB português crescerá 0,8% no próximo ano, depois de já havermos saído da recessão técnica.
Obviamente que tudo isto são as incertezas das certezas que gostaríamos de ter, por critérios que facilmente se aplicam à maioria da Europa onde nem a França, a segunda maior economia do Euro, escapa à incerteza, ou certeza de não conseguir cumprir a meta de um défice inferior a 3% até 2015. É outra notícia do dia que dá conta da cada vez maior impopularidade do Hollande que já foi, um dia, o ídolo de Seguro e a tábua de salvação do socialismo europeu.
E assim, de certeza a incerteza, vamos julgando sair da crise em que, em vez disso, afinal nos afundamos, como me parece natural que suceda até que se encarem os problemas como, de facto, são. Problemas culturais muito graves de uma Humanidade que não consegue compreender o seu lugar no mundo.
Mas há, no meio de tudo isto, coisas que me confundem.
Por que será que não permitem aos Estados Unidos ou ao Japão, países com dívidas públicas monstruosas cujos limites constantemente dilatam, pertencer ao distinto clube de onde nos escorraçaram?
Até lhes forravam as paredes com os dólares e iens que fabricam aos milhares de milhões em cada dia…


Sem comentários:

Enviar um comentário