ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

QUANDO CHEIRA A BORRASCA!


Compreendo que Cavaco Silva não dissolva a AR e, com ela, demita o Governo, porque assumiria a responsabilidade pessoal de tudo o que, posteriormente, se passasse. E não espero que seja coisa boa. Mas já me é difícil entender que Passos Coelho insista em manter-se nas funções em que, pelos vistos, muitos, não sei se a maioria, o não querem, pois não me parece que este clima de agitação passe enquanto houver o entendimento de que há quem faça melhor, mesmo sem dizer como. Será uma questão de fé!
E até poderá haver. Quem sabe? Dou o benefício da dúvida mesmo quando entendo que as consequências podem ser muito dolorosas porque querer o impossível nunca foi bem sucedido. 
Mesmo assim, creio que quanto mais depressa as dúvidas forem dissipadas, melhor! A situação a que se chegou começa a ser insustentável e não permite, de todo, governar o país.
Parece-me, até, pelo que vejo e oiço, quando se festeja já a queda do Governo em atitudes nunca antes observadas, como o assalto às escadas da AR pelos que antes já haviam impedido que o fossem, quando acontece a ocupação de ministérios, o que dizem poder repetir-se quantas vezes os trabalhadores quiserem porque os ministérios são do povo, quando correr o Governo à Paulada é uma hipótese que se coloca, enfim, quando o clima fica carregado como nos momentos que antecedem as grandes borrascas, que a queda do Governo está próximo do inevitável porque não me parece possível governar em condições assim. Mesmo que o Tribunal Constitucional nada reprove deste contestado orçamento.
Apenas não acredito que a solução permita alcançar o que muitos esperam e, em vez disso, se repetirão as queixas do costume, que as coisas estão bem piores do que esperavam, que as culpas são dos que deixaram as coisas neste estado e, por isso, não é possível fazer melhor!
E lá ficarão mais umas quantas promessas eleitorais por cumprir.
Será isto o que vai acontecer? Talvez sim, talvez não.
Seja como for, este deverá ser mais um dia que ficará marcado por enormes custos derivados dos acréscimos que os juros da nossa dívida, quase por certo, vão sofrer.

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