São cada vez mais sensíveis as consequências das alterações climáticas que o excesso de gases de estufa lançados na atmosfera torna demasiadamente rápidas.
Os fenómenos naturais mais
agrestes tendem a crescer nos seus máximos e na sua frequência, como o
comprovam as excessivas e violentas ondas de calor, a força de tufões e
tornados, as precipitações intensas, as cheias e as secas, entre outros.
Há mais de vinte anos que
clama o mundo por uma atenção especial sobre este assunto do tempo e até fomos
levados a pensar que a tão propalada Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, iria,
finalmente, abrir os olhos dos líderes mais poderosos da Humanidade para os
sérios riscos que corremos.
Depois de tantos encontros
e chamadas de atenção, não parece ser desta vez ainda, na Polónia, a
oportunidade para tomar as decisões drásticas que a situação reclama. E não são
tomadas por uma simples razão, aquela da qual ninguém deseja ouvir falar, a
absoluta necessidade de parar com tudo o que acelera as mudanças climáticas que
estão a mudar o mundo. Tal significaria dar razão aos que desde há mais de
quarenta anos chamam a atenção para os limites do crescimento económico e fazem
avisos sérios sobre as consequências de os não respeitar.
Nada mostra, pela análise
que se faça agora, que estivessem errados os que, então, chamaram a atenção
para tão importante assunto. Pelo contrário, tudo aponta para que a razão
sempre esteve do seu lado e, por isso, se agravaram as suas preocupações quanto
às consequências dos excessos a que a necessidade constante de crescimento da
economia dá lugar.
Quem estará disposto a
abrandar voluntariamente um crescimento que as condições naturais já travam por
si, ou quem conseguirá fazer entender a tão ambiciosos seres que nada fará
regredir o tempo que passou e os efeitos dos erros cometidos?
A redução drástica da
floresta húmida e a poluição intensiva dos oceanos diminui a sua capacidade de absorção de dióxido de carbono, tornando excessivo o que se acumula na atmosfera, o que vai tornando mais acelerado, ainda, este fenómeno de
alterações que coloca em perigo a própria Humanidade, cega pela ganância dos
que sempre querem mais e adormecida pela passividade dos que, habituados aos
seus calvários, aceitam a dureza da vida que levam.
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