Neste mundo finito, onde nada é eterno nem inesgotável, tudo o que tem um começo acaba, inevitavelmente, num fim. É, pois, natural que, tal como a Bíblia diz ter acontecido com o Dilúvio que pôs fim a um tempo de vida humana sobre a Terra, da qual, com a limitada memória dos poucos que Noé acolheu na sua Arca, se perdeu a memória, também esta Humanidade de que fazemos parte e sucede àquela outra, terá, um dia, o seu fim. E outra se seguirá, talvez.
Depois de uma evolução que
levou o Homem a julgar-se tão poderoso qual um deus, tudo parece encaminhar-se
para o final óbvio dos problemas cada vez mais graves que se acumulam sem
sermos capazes de lhes dar solução.
E quase me parece estar
próxima a hora de uma fuga ao desastre que pode não ser a que uma frágil e
pequena arca permite, mas uma outra que a inteligência nos aponte, pelo
reconhecimento e remédio de tantos erros que temos praticado. Melhor seria
assim.
Tudo se precipita, desde
os problemas económicos que ninguém resolve até a modificações climatéricas
profundas e rápidas que podem ser fatais para a sobrevivência humana.
Não vou, por certo, ter
tempo para assistir à derrocada deste mundo irreal que o Homem criou ao longo
de alguns milénios como talvez, antes dele, outros, ainda que de modo
diferente, terão criado, deixando as suas marcas em obras que mal compreendemos e são sinais de
civilizações perdidas que, por alguma razão, porém, se finaram.
Ao longo dos milhares de
milhões de anos que são a medida da vida deste planeta, quantas coisas
aconteceram das quais ainda nem temos a mais leve pista? Mas os factos que, a
cada dia que passa, constituem novos indicadores, a par da evolução dos
conhecimentos científicos que já colocam a hipótese da existência de mundos
paralelos, torna-se cada vez mais provável a sucessão de várias e sucessivas Humanidades
que terão, por uma razão ou por outra, atingido o seu fim.
Normalmente são os erros
cometidos que levam aos finais dramáticos que acontecem quando nos damos conta
do surrealismo, quase libertinismo em que acreditámos e do comportamento
estúpido que a nossa “inteligência” nos ditou.
Tudo vai ruindo à nossa
beira, à medida que verificamos como a mentira, a falsidade, o egoísmo e o
crime contra a sociedade estão por todo o lado.
Quem diria, por exemplo,
que a Máfia estaria preocupada com o Papa Francisco pela limpeza profunda que
está a fazer na Igreja Católica?
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