ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

AS BAIAS DO CRESCIMENTO


Quando mais de meio mundo não passa da cepa torta nem sabe o que seja crescimento, o outro meio está em sérias dificuldades para voltar a crescer o que esperava, se mesmo crescer alguma coisa.
Cá por casa temos uma dívida que nem conseguiríamos pagar após um ano inteiro de jejum e emprestam-nos dinheiro a juros tão elevados que, sem jejuarmos mesmo, não conseguiremos pagar, a menos que cresçamos a um ritmo superior aos juros que pagamos!
As economias emergentes que tinham por mercado os países ricos, ficaram a contas com os problemas que lhes trás o empobrecimento destes e não crescem com esperavam, os que eram ricos crescem aos soluços ou não crescem e confrontam-se com a austeridade que, constantemente, lhes bate à porta.
Os outros, aqueles em que sobreviver já é alguma coisa, não conseguem entrar nas contas da economia global senão no modo de os explorar. Para isso nasceu a economia global, para os "doutores" se verem livres dos trabalhos menores que já não são dignos de si.
Tudo se faz no pressuposto de que a economia voltará à prosperidade que se julga que já teve enquanto limpava uma despensa que, afinal, não é inesgotável.
As alterações climáticas, a poluição generalizada, as soluções perigosas na produção de alimentos, a destruição dos mecanismos reguladores dos equilíbrios ambientais como a destruição da floresta húmida e as poluições oceânica e atmosférica, o esbanjamento que exaure as reservas naturais de recursos, a destruição da camada protectora de ozono, a exploração do trabalho infantil, a desestruturação social e tantas coisas, são fenómenos crescentes que o “crescimento económico” provocou e vai ampliando, criando uma situação generalizada de condições adversas à vida e, por isso mesmo, limitadoras do próprio crescimento.
Como vamos então crescer?
Reunem-se os grandes do mundo para encontrar como combater os efeitos negativos e cada vez mais perigosos da "economia" que os produz. Porém, sempre acabam por optar pela "economia" agressora do Ambiente e pelas consequências negativas que os seus excessos causam, pois optar pela vida destruiria a "economia" que, de todo, não querem destruir. A Natureza o fará!

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