ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 17 de novembro de 2013

UMA QUESTÃO DE ESTÍMULOS


Parece que foi uma festa em Wall Street quando Janet Yellen, nomeada por Obama para passar a dirigir o Banco Central dos Estados Unidos, discursou e transmitiu a ideia de que não teria pressa em reduzir os “estímulos” à economia.
Os vários “índices” subiram e os ganhos não param de crescer. É a felicidade no mundo dos “mercados” sempre ávidos por que mais dinheiro corra e, assim, mais lucros possa gerar.
Nesta lógica de pensamento, as coisas parecem certas, o que não acontece na lógica natural de não estar bem o que precisa de ajuda! E muito menos bem o que não dispensa a ajuda há mais de cinco anos. Só pode ser uma doença grave esta da qual o doente não recupera nem consegue dispensar as muletas com as quais pouco mais consegue do que manter-se em pé!
Está, desde há muito tempo, o mundo cheio daquelas notinhas verdes que saem aos milhares por hora das rotativas que “estimulam” a economia americana e dão, ao resto do mundo, a ideia de que aquela dívida monstruosa é possível de pagar!
Mas os americanos são sábios nestas cenas de ilusionismo que tão bem ilustram nos seus filmes, nas séries televisivas…
Recordo, a propósito, uma cena em que um milionário falido gasta o seu último milhão a dar uma grande festa que a todos mostrasse a sua "prosperidade" e, assim, recuperar a confiança dos tais “mercados” que por aí andam a tentar enganar-se uns aos outros.
É a mentira de um capitalismo obsceno e despudorado que faz do dinheiro o único valor da vida. É por ele que todos lutam.
Parece ser um mal que se pega a todos como o demonstram as prisões, no Brasil, de alguns dos responsáveis pelo famigerado “mensalão” que encheu os bolsos de tantos "trabalhadores". Foram presos uns poucos que se deixaram pescar na estranha rede da Justiça que, talvez por ser cega, não conseguiu ver todos! E o mensalão ficou-se por um mensalinho...
O célebre “Gordo” perguntaria “cadê os outros”?
Os brasileiros, porventura menos hábeis do que os americanos nestes jogos do faz-de-conta, lutaram por um “governo do povo” de que o PT seria a garantia. Mais não conseguiram mais do que a multiplicação dos ricos porque os pobres, esses, continuam os mesmos!

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