A baixa natalidade trás
consigo um problema grave de continuidade que, por ser assim, nos deve
preocupar. Por isso se fala deste gravíssimo problema que não é apenas de
Portugal mas de todo o mundo dito evoluído que não contribui para o aumento da
população mundial que, mesmo assim, cresce de um modo preocupante também. Uma
contradição evidente entre dois mundos distintos mas nos quais causa problemas
igualmente difíceis de solucionar.
Para uns é a dificuldade
de garantir a solidariedade que a distorção da estrutura demográfica provoca,
enquanto para outros são questões básicas de sobrevivência as que se colocam.
Não parou ainda de
acelerar o crescimento da população no mundo que, apenas ao longo da minha vida,
já triplicou com os mais de sete mil milhões que já somos, um número enorme que
brevemente será ainda maior com os onze mil milhões que se prevê que seremos
antes de este século terminar.
Obviamente, não poderá ser
o crescimento continuado sem as condições de ambiente e de recursos que o
permitam, as quais sabemos serem finitas e com ciclos de recuperação que, como
tudo o indica, estão a ser cada vez mais ultrapassados pela intensidade da sua
utilização. Deste modo, é de temer o esgotamento que, a acontecer, originará o
colapso populacional que vemos acontecer na natureza com os demais seres vivos.
Aliás, a população mundial
é já condicionada por insuficiências graves que fazem a mortalidade infantil
muito elevada, a esperança de vida muito curta e tornam a vida dolorosa pela
falta de alimento e de outras condições de vida que são as do mundo
subdesenvolvido onde vive a maioria da população mundial.
Um estudo recente do
Instituto Max Plank, na Alemanha, mostra que todos os países europeus
apresentam taxa de natalidade baixa demais para manter seu actual nível
populacional.
Em Portugal, a Taxa Bruta
de Natalidade (TNB) decresceu de 24,1 em 1960 até 7,9 em 2013, sendo este o
valor mais baixo na UE cuja média é de 10, uma redução que se tem acentuado nos
últimos anos em que os nascimentos se reduziram de 105 mil em 2008 para 80 mil
em 2013.
A preterição da formação
familiar em relação à formação profissional, assim como a crescente inserção
das mulheres no mercado de trabalho são apontados, nesse estudo, como causas da
redução da natalidade nos países com economias muito activas, assim como a
crise económica, pelos problemas de emprego que coloca, é causa de baixa de
nascimentos.
Naturalmente, os problemas
que a redução da natalidade provoca, levam os governos a tentar minimizar as
consequências através de medidas avulsas como as que o Governo português tem
intenção de inserir no Orçamento para 2015 com a inclusão de medidas de apoio à
natalidade como a de "introduzir uma revolução na burocracia dos processos
de adopção" e "recuperar a lei dos cônjuges" para que em
carreiras como as dos professores, médicos ou magistrados haja uma
"referência de conjugalidade como um elemento de ponderação na
colocação". São iniciativas que não vão além de panaceias em função das
verdadeiras causas do problema que é uma das “doenças” próprias de um modo de
viver que, por isso, as não pode curar.
Entretanto, continua a
crescer a população naqueles lugares do mundo onde não há modo de viver…
Taxa Bruta de Natalidade (TBN), também
designada por "taxa geral de
natalidade" de um país ou de uma região, corresponde ao número
de nados-vivos durante um determinado período de tempo (geralmente um ano
civil), relativamente à população calculada para o meio desse período.
Geralmente é expressa por milhar de habitantes.
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