Ontem
pude ver nos noticiários e hoje leio no “Notícias ao Minuto” que “Depois de garantir que tudo estava a correr
com normalidade no que diz respeito à contratação dos professores, Nuno Crato
admitiu ontem que houve falhas e pediu desculpas. Mas de que forma pode ser
encarada esta nova atitude? Há quem considere que é uma forma mais verdadeira
de fazer política. Outros há que consideram que são desculpas para o eleitor
ver”.
É
uma notícia que me parece que traduziria melhor a verdade se, pelo menos, na última oração substituísse
“consideram” por “ dizem”, já que me pareceu um pedido sentido e não uma manobra
eleitoralista o que Crato fez na AR, sem deixar de ser, também, o reconhecimento de uma incompetência inadmissível. Por outro lado, os que “consideram” não passam
dos maldizentes do costume, pelo que se deve entender que apenas “dizem”.
Digo
isto apesar da pouca admiração que tenho pela obra de quem considero não ter
jeitinho algum para estas funções nada fáceis que desempenha, mesmo sucedendo a
outros que não me pareceram significativamente melhores.
Esta
monstruosidade que é o Ministério da Educação há muito que necessita de
reformas profundas, a começar nos “bandos” de “inteligentes” que enchem os seus corredores e gabinetes a investigar a vírgula e a fazer ou encomendar manuais, para além de
outras coisas que nada simplificam a vida às famílias que jamais deveriam fazer,
pela educação dos filhos, os sacrifícios enormes que são obrigados a fazer.
Depois
de quatro filhos e onze netos, facilmente me dei conta de como, no domínio da
educação, as coisas mudaram e nem sempre me pareceu que para melhor.
Não
me lembro, dos meus tempos de estudante, de coisas semelhantes às “trapalhadas”
que hoje acontecem e, nem sequer, estou certo de terem muitas das mudanças
introduzidas o mérito de tornar a educação melhor, já que me dei conta, quando
leccionava no ensino universitário, não trazer a maior parte dos alunos, em
matérias diversas, a preparação mínima exigível para ser continuada a um nível superior. E aqui destaco uma muito má preparação em português, o que
considero gravíssimo porque a comunicação correcta e clara é indispensável,
tanto quando se transmitem conhecimentos como quando se aplicam.
Todos
os anos espero (tantos que já nem espero) que estas cenas desagradáveis não
aconteçam. Mas acontecem porque em vez de aprenderem com os erros cometidos, os
“especialistas” inovadores deste Ministério preferem cometer outros erros em vez de corrigir os que
antes haviam feito.
Não será com trabalho assim que o país progride.
Não será com trabalho assim que o país progride.
Mas
o Governo, qualquer governo, parece não querer dar-se conta da monstruosidade
que é este ministério, de modo a fazer com ele aquilo que é já mais do que
urgente que seja feito.
E
para terminar, deixo apenas uma nota sobre um professor que foi colocado a 350
quilómetros da sua residência habitual onde, naturalmente, deixou a família que
não vai poder visitar frequentemente a menos que tenha como pagar para ser
professor!
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