ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A SELECÇÃO NACIONAL E O REINO DAS CAPELINHAS

Depois de um Campeonato do Mundo onde a prestação da equipa portuguesa foi um autêntico desastre, jamais se esperaria um desastre ainda maior no confronto com a Albânia cuja vitória deixou sem fala os milhares de portugueses que foram ao estádio na perspectiva de uma grande festa.
Não me perco nos meandros onde, é o que se diz, dominam interesses que não são os do futebol mas os daqueles que dele se aproveitam para ganhar dinheiro, sejam empresários, fundos, órgãos de comunicação ou comentaristas profissionais.
Daí que, para além do que posso ver nos campos onde os confrontos se decidem, só me reste o que oiço dizer sobre as razões pelas quais são convocados uns e outros não, jogam estes e não os que cada um de nós e até os especialistas consideram serem os que se encontram em melhores condições a cada momento.
Não é possível ignorar o que dizem os que, pela sua vivência, estão mais por dentro das coisas e crêem haver razões que tornam as escolhas interesseiras em vez de baseadas nas razões que deveriam ser.
Na minha opinião, como na maioria das opiniões que vi expressar, não foi assim que aconteceu quer na selecção que foi ao Brasil quer na equipa “renovada” que jogou com a Albânia. Vi no campo quem mais parecia atrapalhar do que ajudar, quem, do princípio ao fim, nada conseguiu com o esforço a que se entregou talvez porque não tinha condições para corresponder. Nunca vi a eficácia que se requer numa equipa que representa o seu país.
Dizem-se umas coisas e outras, entre as quais a de haver interesses de agentes e de fundos dos quais as selecções são montras para exibir as suas “pérolas” e, deste modo, as valorizar. Dominarão, até, organismos oficiais aos quais proporcionam os meios financeiros que são cada vez mais são escassos nos que são a razão de ser dos seus negócios, os clubes!
Pelos vistos, vestir a camisola da selecção nacional deixou de ser o reconhecimento do mérito dos melhores para passar a depender de outros interesses.
Não me parece que sem uma vassourada decidida que corra com os vampiros que sugam o sangue aos clubes e manobram os organismos a seu bel-prazer, o futebol português regresse aos seus dias de glória.


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