Depois de um Campeonato do
Mundo onde a prestação da equipa portuguesa foi um autêntico desastre, jamais se
esperaria um desastre ainda maior no confronto com a Albânia cuja vitória deixou
sem fala os milhares de portugueses que foram ao estádio na perspectiva de uma
grande festa.
Não me perco nos meandros
onde, é o que se diz, dominam interesses que não são os do futebol mas os
daqueles que dele se aproveitam para ganhar dinheiro, sejam empresários, fundos,
órgãos de comunicação ou comentaristas profissionais.
Daí que, para além do que
posso ver nos campos onde os confrontos se decidem, só me reste o que oiço
dizer sobre as razões pelas quais são convocados uns e outros não, jogam estes
e não os que cada um de nós e até os especialistas consideram serem os que se
encontram em melhores condições a cada momento.
Não é possível ignorar o
que dizem os que, pela sua vivência, estão mais por dentro das coisas e crêem
haver razões que tornam as escolhas interesseiras em vez de baseadas nas razões
que deveriam ser.
Na minha opinião, como na
maioria das opiniões que vi expressar, não foi assim que aconteceu quer na
selecção que foi ao Brasil quer na equipa “renovada” que jogou com a Albânia.
Vi no campo quem mais parecia atrapalhar do que ajudar, quem, do princípio ao
fim, nada conseguiu com o esforço a que se entregou talvez porque não tinha
condições para corresponder. Nunca vi a eficácia que se requer numa equipa que
representa o seu país.
Dizem-se umas coisas e
outras, entre as quais a de haver interesses de agentes e de fundos dos quais
as selecções são montras para exibir as suas “pérolas” e, deste modo, as
valorizar. Dominarão, até, organismos oficiais aos quais proporcionam os meios
financeiros que são cada vez mais são escassos nos que são a razão de ser dos
seus negócios, os clubes!
Pelos vistos, vestir a
camisola da selecção nacional deixou de ser o reconhecimento do mérito dos
melhores para passar a depender de outros interesses.
Não me parece que sem uma
vassourada decidida que corra com os vampiros que sugam o sangue aos clubes e
manobram os organismos a seu bel-prazer, o futebol português regresse aos seus
dias de glória.
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