ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 7 de setembro de 2014

OS RIDÍCULOS FIDALGOS FALIDOS E OS OPORTUNISTAS SALVADORES DA PÁTRIA

A Internet tem destas coisas, é útil se bem utilizada e um simples vício, perigoso até, se o não for.
Por exemplo, permite conversar e trocar ideias com gente de todo o mundo e, deste modo, fazer os juízos de valor que a comparação das informações obtidas permite.
Por exemplo, enquanto por cá pouco mais ouvimos do que lamentos e queixumes que maldizem este “inferno” onde nascemos, onde nos roubam o que a Constituição nos garante num “pacto de agressão sem precedentes, um “amigo no Burkina Faso, talvez o país mais pobre do mundo, dizia-me que os “boukinabés” estavam a fazer um sério esforço para o tornarem melhor e se sentem esperançados com os resultados do trabalho duro que têm realizado!
Para além da esperança deste “amigo”, nada encontrei, nas pesquizas que fiz que, para além da sua localização geográfica, colocasse o Bourquina Faso no mapa de qualquer coisa…
Mas uma revista apressada pelas notícias do mundo permite-me saber de coisas que, porventura, muita gente nem imagina.
Fiz uma pequena lista como esta:
1-   Portugal subiu 15 lugares e ocupa o 36.º lugar no ‘ranking’ mundial de competitividade de 2014-2015, divulgado, nesta quarta-feira, pelo Fórum Económico Mundial, recuperando de uma queda que se verificava desde 2005;
2-    Os últimos dados do World Gold Council colocam Portugal na 15ª posição na lista de países que detêm maiores reservas de ouro a nível mundial. As quase 383 toneladas de ouro guardadas nos cofres do Banco de Portugal valem hoje mais 1,4 mil milhões de euros do que no final do ano passado, o que se traduz numa valorização de 11,7%;
3-   O sector do Turismo em Portugal tem estado em destaque um pouco por todo o mundo, com distinções atribuídas a hotéis, restaurantes e entidades, bem como com a publicação de artigos em jornais e revistas internacionais dedicados ao país.
Em 2013, o turismo em Portugal conquistou mais do triplo dos prémios que em 2012, seja pelos destinos mais baratos, praias «maravilhosamente únicas», um Alentejo «obrigatório» ou o pastel de nata como um dos melhores doces da Europa.
De acordo com os dados disponíveis até Setembro, Portugal somava quase 50 distinções em apenas nove meses, contra os cerca de 15 prémios que recebeu durante todo o ano de 2012.
Entre as entidades que atribuíram os galardões, constam jornais como o The Guardian, New York Times e El Pais/Lonely Planet (editora), televisões como a norte-americana CNN, revistas como a Forbes, blogues como o Huffington Post, empresas e associações internacionais de turismo, sites e imprensa especializada no sector;
4-   Dados agora revelados pela World Wind Energy Association indicam que no final do primeiro semestre de 2012 Portugal era o 10º país do mundo com mais capacidade eólica. Uma tabela liderada pela China, logo seguida pelos Estados Unidos;
5-   No mundo da cortiça, Portugal é a grande potência internacional, mas ter a liderança do sector e grandes empresas como a Corticeira Amorim, também é compatível com micro e pequenas unidades, mostra um estudo de caracterização da fileira promovido pela Associação Portuguesa da Cortiça – APCOR;
6-   Portugal é um dos cinco maiores produtores de azeite do mundo;
E diversas outras coisas poderia acrescentar como, por exemplo, que Lisboa é considerada um dos melhores e, muitas vezes, o melhor destino turístico do mundo, tal como o Porto e o seu Douro o têm sido considerados também, mostrando que apenas agora Portugal se começa a dar a conhecer ao mundo que dá mostras de o apreciar. Por isso o número de visitantes aumenta continuadamente e as referências ao nosso país são cada vez mais elogiosas.
Recentemente, o calçado português teve um sucesso retumbante numa feira internacional e os nossos vinhos têm distinções cimeiras em diversos concursos mundiais, tal como temos, por exemplo, uma água de nascente considerada entre as três melhores do mundo, para além de uma riqueza hidrotermal invejável…
E o que fazemos com tudo isto depois de termos espatifado o país com tantas conquistas para pouco trabalhar? Continuamos a reclamar por aquilo a que nos julgamos com direito mesmo antes de, com esforço, o produzirmos?
E quando as notícias me contam que um país com tantos desempregados só encontra a mão de obra de que necessita para o aproveitamento das suas produções agrícolas, como apanhar azeitona e frutos por exemplo, tem de recorrer a estrangeiros… lembro-me logo de “fidalgos falidos” porque trabalhar não é digno deles!
Mas é bom ver que louváveis iniciativas individuais, daqueles que não esperam pelo apoio do seu "sindicato" para dar uma volta à vida, estão a ter sucesso e a marcar o caminho a seguir para um futuro melhor, pois sabem que jamais serão os "salvadores da Pátria" de última hora que lhes farão o trabalho que só eles podem fazer.


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