O caso BPN, para além das
marcas profundas que deixou no bolso de todos nós, deixou, também, a sensação
desagradável de que alguém não fez bem o seu trabalho, alguém que, porventura “distraído”,
deixou que acontecesse o que, diz por aí, a muitos já parecia estranho e até “cheirava
mal”.
O que deveria ter sido
evitado aconteceu, os contribuintes pagaram e quem devia ter feito o que não
fez, foi promovido! É o “castigo” que, não raras vezes, a incompetência merece,
protegida pelos acólitos de um “templo” onde não entram pagãos! É assim e…
pronto! O Zé que pague, pois é para isso que serve.
Diluem-se culpas, os
culpados perdem-se na poeira levantada pela controvérsia dos discursos esconsamente palavrosos, tão densamente
codificados que, mais cedo ou mais tarde, acabamos por já nem querer mais
ouvi-los e tudo continua na paz do Senhor...
E ainda mal refeitos de
uma bronca resolvida vendendo por cinquenta milhões e mais uns "Mirós" desqualificados os muitos milhares de milhões que nos custou, já outra bronca acontece onde o problema da regulação, a tal tarefa que
parece não pertencer a ninguém, fica, de novo, na berlinda.
Dizem as notícias que a
KPMG, a empresa que auditava as contas do BES se recusa a assinar o relatório
do último semestre por não o considerar nas devidas condições e, mais do que
isso, afirma haver avisado o
vice-governador do Banco de Portugal, Pedro Duarte Neves, acerca do crescendo
de problemas do BES, numa reunião a 16 de Julho.
Refuta
a afirmação o visado responsável do Banco de Portugal dizendo que o problema
fora apenas “brevemente mencionado pela KPMG”, sem uma descrição completa nem
ordem de grandeza para as perdas eventuais do semestre em causa, mas reafirma-a
a KPMG fazendo saber que “Confirmamos a
realização da reunião no passado dia 16 de Julho. Nesta reunião, foi dada a
indicação ao BdP de que a KPMG tinha identificado uma situação de recompra das
obrigações detidas por clientes com perdas para o BES e que esta matéria estava
ainda a ser investigada naquela data, pelo que logo que tivesse conclusões as
mesmas iriam ser reportadas”, acrescentando haver avisado, também, a CMVM.
Enfim,
coisa de somenos importância este aviso que a KPMG terá dado ao Banco de
Portugal e à CMVM, não merecedora de um imediato “arrebitar de orelhas” pela
gravidade do que a denúncia poderia indiciar. Insignificâncias perante os muitos afazeres das excelências.
E a bomba rebentou estrondosamente na cara de todos nós!
Nem sei se o aviso viria a tempo de evitar fosse o que fosse ou se poderia minimizar os danos mas o que me não parece é que a "desculpa" do responsável do Banco de Portugal seja aceitável. Deixa-me é a duvidar dos cuidados com que estes assuntos da regulação são tratados.
E a bomba rebentou estrondosamente na cara de todos nós!
Nem sei se o aviso viria a tempo de evitar fosse o que fosse ou se poderia minimizar os danos mas o que me não parece é que a "desculpa" do responsável do Banco de Portugal seja aceitável. Deixa-me é a duvidar dos cuidados com que estes assuntos da regulação são tratados.
Parece-me que apesar do que se passou com o BPN que, impunemente, deixou muita
gente a governar-se com os muitos milhões que sacaram ao “Zé”, se continuou a
aceitar que afinal, é tudo boa gente, da qual se não deve desconfiar!
E
eu, tal como tu também, nada mais posso fazer do que ficar a pensar o que
andará por aí a fazer tanta gente a quem pago bem mas tão mal me serve ou no
que poderei fazer para dela me livrar antes que fique limpo de todo!
Pois,
estão habituados a que eu pague sempre!
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