A resolução unânime da ONU
para combater o terrorismo que um auto-intitulado “estado islâmico” promove,
por enquanto em já extensas zonas no Iraque e na Síria, dá-me conta da
importância de uma situação que ultrapassa, em dimensão e em crueldade, aquela
que a Al-Qaeda de Bin-Laden criou com base na interpretação anti-Ocidental
extrema do Corão e amplia a dureza da guerra santa contra os “infiéis e
apóstatas” que são todos quantos estejam em desacordo com a que reconduz às
origens do Islão e à guerra sem quartel contra os seus “inimigos”.
Não professo o islamismo
nem nunca li o Corão. Mesmo assim, é-me difícil acreditar que as barbaridades praticadas
por um movimento que tem por objectivo criar um “califado” que se propõe
dominar o mundo, sejam próprias de uma religião que tem o Deus único como referência.
Mais me levou a pensar
nesta religião estranha à cultura básica da zona do mundo em que nasci e à
qual, por isso, dificilmente me adaptaria, muito menos quando se impõe como lei
única que não permite a liberdade de pensamento que entendo própria e um
direito de qualquer ser humano evoluído.
Por fim, dá-me que pensar
a adesão de muitos milhares de jovens ocidentais a esta causa que parece querer
criar um mundo diferente deste que tantos problemas graves enfrenta e para o
qual as previsões de um futuro negro se adensam cada vez mais.
Quem sabe se não será uma
fuga em vez da adesão que parece ser, a fuga de um mundo onde, a cada dia que
passa, se torna mais difícil viver e ao qual julgam preferível a incerteza de
uma luta que promete fazê-los heróis pelo martírio que, afirmam-lhes, proporcionará, no
Além, a felicidade que este mundo lhes não garante.
É, por certo, um equívoco
que apenas serve as ambições megalómanas dos mentores que aliciam mentes
perturbadas por incertezas ou por situações que sentem injustas e, por isso, pode
ser um caminho de fuga alternativo ao que outros meios de autodestruição também
têm proporcionado.
Não creio, por isso, que
sejam bastantes as decisões tomadas pela ONU sem outras de reforma profunda de
um mundo cada vez menos livre seja por imposição de idiossincrasias castrantes seja
pelas consequências destruidoras de um consumismo desenfreado do qual o
Ocidente parece ainda não recear os perigos!
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