Em 15 de Setembro de 2010
eu escrevia neste blogue que “somos hoje
sete mil milhões de habitantes em todo o Planeta. Não passaríamos de dois mil e
quinhentos milhões quando eu nasci, no primeiro terço do século vinte, o que significa
que a população mundial quase triplicou desde então”.
Hoje, Patrick Gerland,
demógrafo das Nações Unidas, afirma que a população irá chegar aos onze mil
milhões até ao final deste século, o que criará problemas de alimentação, de
habitação, de emprego e de saúde. Problemas que já hoje existem por demais no
desprezado Terceiro Mundo onde milhões de seres humanos os vivem no silêncio da
sua impotência.
Entretanto, outros
adiantam que da conjugação de tecnologias já disponíveis, em breve o Homem poderá
tornar-se imortal! E muitos mais passaríamos a ser num mundo que se tornaria
num depósito de seres que não teria como sustentar.
Mas já outros disseram e
alguns o dizem ainda que a Humanidade jamais se confrontará com os problemas da
insuficiência que a exploração excessiva de recursos causará porque, antes que
tal aconteça, o Homem terá condições de emigrar para outros planetas onde
poderá continuar a Humanidade.
Diz o poeta, o sonho
comanda a vida. Digo eu que o sonho vive enquanto a realidade o permitir, para
além da qual o sonho não é mais do que um simples sonho que se sonha numa realidade que
nunca o permitirá realizar.
É realidade que os
problemas se multiplicam e se se agudizam a cada dia que passa e que novos
problemas se revelam também, multiplicando as frentes de confronto entre a Humanidade
e a Natureza, do qual o Homem tem a vã esperança de sair vitorioso, sem ter de abdicar das
vantagens que as torturas que lhe inflige lhe tem permitido.
Esforçam-se os homens da
física astral a perscrutar os céus na esperança de em algum lugar encontrar
vida, um planeta, mais próximo ou mais distante, onde a nossa se possa continuar, algures na imensidão deste infinito de cuja dimensão ainda nem temos
o conhecimento bastante que nos permita saber qual seja, exactamente, a nossa.
Tudo parece muito distante
dos resultados que possam permitir ao Homem dispersar-se pelo Espaço e aí viver,
de planeta em planeta, sem as preocupações que a exaustão dos seus recursos e a degradação do Ambiente lhe
possa trazer.
Não me parece, pois, que
viver de sonhos ou de esperanças que nada nos permite ter, seja atitude que
faça jus à inteligência de que o Homem se crê dotado.
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