Tenho de reconhecer que o
vídeo da campanha de Seguro em que se fala do “socialismo de lapela” me pareceu
muito bem concebido tendo em conta os objectivos que se propõe alcançar, faça,
seja de quem for, as críticas que fizer.
É tempo de passar dos
símbolos às realidades e de reconhecer que o cravo vermelho já faz pouco
sentido, se algum, após quarenta anos de falhanços de uma democracia construída
sobre fantasias das quais nunca se livrou apesar de todas as provas de incapacidade
para passar das laudas à liberdade à sua autêntica realização, da invocação dos
direitos à sua verdadeira assumpção através dos deveres sem os
quais não faz sentido.
Se, depois de quarenta
anos, os ideais que o cravo vermelho na lapela supostamente invoca não estão
perfeitamente assumidos pela sociedade portuguesa, estará na hora de denunciar
o falhanço e passar a novas acções que corrijam o que, tudo o indica, terá sido
um caminho mal traçado para alcançar a sociedade feliz.
Por isso, talvez seja já
tempo de, como diz Seguro, trocar o “socialismo de lapela” por um outro
qualquer. Não sei se o “socialismo das pessoas” como ele diz sem esclarecer o
que seja se, como creio deveria ser, o socialismo da solidariedade que pode superar
os enormes problemas que todos enfrentamos e enfrentaremos num próximo futuro
que nos dará imensas dores de cabeça.
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